Câmara Municipal de Uberlândia cassa terceiro vereador acusado de corrupção

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A Câmara Municipal de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, cassou nessa terça-feira (10) o mandato de mais um vereador acusado de envolvimento em irregularidades denunciadas no ano passado pelo Ministério Público de Minas Gerais. Na ocasião, Wilson Pinheiro (PP) chegou a ser preso em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Antes de ser cassado, o vereador Wilson Pinheiro chegou a ser preso

A cassação do mandato do ex-vereador se deu pela acusação de adulteração da ata da primeira reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte Escolar, com o intuito de favorecer a contratação sem licitação do escritório Ribeiro & Silva pelo valor de R$ 170 mil.

Ele também respondia por uma acusação de uso da estrutura do Legislativo, enquanto presidente da CPI das Vans, em 2015, para desgastar a imagem do ex-prefeito Gilmar Machado e facilitar a contratação da Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), pressionando o prefeito a rescindir o contrato firmado com outra instituição. Porém, por essa infração, Pinheiro acabou absolvido.

Com a cassação de Pinheiro, sobe para três o número de vereadores que perderam seus mandatos em razão da operação Poderoso Chefão e outras que decorreram dela. Na última sexta-feira (6) foram cassados os ex-vereadores Juliano Modesto (suspenso do SD) e Alexandre Nogueira da Costa (PSD).

Além dos três, outros 19 vereadores foram presos no ano passado nas operações do MP na Câmara de Uberlândia. Alguns conseguiram provar sua inocência em relação às denúncias, mas outros 12 seguem afastados e também estão com processos de cassação em aberto, porém ainda sem data de julgamento.

Entre as denúncias envolvendo a maior parte dos parlamentares da cidade estavam: irregularidades na contratação da Cooperativa dos Transportadores de Passageiros e Cargas de Uberlândia (Coopass); esquema de desvio de recursos da verba indenizatória; superfaturamento de notas de serviços de gráfica; e suposto esquema fraudulento na contratação da empresa que presta serviço de vigilância ao Legislativo municipal.

Fonte: O Tempo


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