Bolsonaro estuda criar ministério da Amazônia e chama Greenpeace de “lixo”

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atacou o Greenpeace, organização internacional não governamental que defende o meio ambiente. “Quem é essa porcaria chamada Greenpeace? Isso é um lixo!”, afirmou na saída do Palácio da Alvorada, nesta quinta-feira (13). De lá o presidente seguiu para uma reunião com o ministro da educação, Abraham Weintraub.

O chefe do executivo falou sobre a possibilidade de transformar o Conselho Nacional da Amazônia em um Ministério Extraordinário da Amazônia. O mandatário afirma que a proposta foi feita pelo deputado Átila Lins (PP-AM). O presidente se esquivou de saias justas ao ser questionado de vai aprovar a criação do Ministério.

“Levo pra estudar. Não posso aceitar aqui agora. Isso envolve despesa, o impacto negativo de mais um ministério. Se bem, que nós estamos perdendo um ministério agora, quando o Banco Central passar a ter independência, né? Não sei se vai perder o status de ministério ou não”, disse ele.

Diferente dos 22 ministérios atuais, a pasta da Amazônia teria caráter provisório e poderia ser confirmada como permanente ou não, a exemplo do que aconteceu quando o então presidente Michel Temer (MDB) criou em 2018 o Ministério Extraordinário da Segurança Pública.

DANÇA DAS CADEIRAS

O presidente não quis falar sobre as possíveis mudanças ministeriais. Quando questionado sobre a saída ou a permanência do ministro da Cidadania, Osmar Terra, ele não confirmou.

O presidente elogiou o general Walter Braga Netto. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o militar teria sido convidado para ser ministro da Casa Civil no lugar de Onyx Lorenzoni. Por sua vez, Onyx seria o titular do Ministério da Cidadania no lugar de Osmar Terra.

REFORMA ADMINISTRATIVA

Quanto a reforma administrativa, que muda as carreiras do serviço público, o presidente afirmou que pretende enviar a proposta do governo na próxima semana, disse também que o Congresso tem autonomia para aceitar ou não.

Na quarta-feira (12) o Superior Tribunal de Justiça (STJ) liberou a nomeação de Sergio Camargo para chefiar a Fundação Palmares. “Eu acho que o garoto [Sérgio Camargo], que foi liberado ontem, é uma excelente pessoa”, afirmou o presidente. A nomeação de Camargo foi suspensa após suas declarações polêmicas, nas redes sociais, contra o movimento negro.

Fonte: Folha de S.Paulo