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Cai a proporção de servidores ativos em relação aos aposentados do Diviprev e déficit técnico aproxima de R$ 1,7 bi

Cai a proporção de servidores ativos em relação aos aposentados do Diviprev e déficit técnico aproxima de R$ 1,7 bi

O déficit atuarial do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Divinópolis (Diviprev) se aproxima de R$ 1,7 bilhão. Já a proporção de servidores ativos, que contribuem com o Instituto, caiu relação ao número de aposentados e pensionistas . Os dados constam da avaliação atuarial de 2024, divulgada pela Brasilis Consultoria, empresa contratada pelo Diviprev para realizar o estudo técnico anual obrigatório.

A avaliação, concluída no final de abril, teve como base os dados fechados em 30 de novembro de 2023. Segundo o estudo o déficit atuarial do Diviprev saltou de 1,662 bilhão (R$ R$ 1.662.885.702,22) em 2023 para R$ 1,679 bilhão (R$ 1.679.561.606,18) esse ano.

De acordo com o estudo, em 2024, a proporção é de 1,72 servidores ativos, que contribuem com o Diviprev, para cada benefício pago pelo Instituto. Em 2023, a proporção era de 1,99 servidores ativos para cada aposentado, enquanto em 2022 a proporção era de 2,46 ativos para cada  benefício pago pelo Diviprev.

A avaliação destaca que o Plano de Amortização instituído em 2020 para equacionar o Déficit Técnico do Diviprev, se cumprido pelo prefeito “é suficiente para integralizar as Provisões a amortizar no prazo previsto”.

Entretanto, o atuário Thiago Costa Fernandes, que assina a avaliação atuarial, diz que são necessárias a adoção de outras medidas. “Frente ao déficit atuarial apurado recomendamos a adequação da legislação municipal quanto às alterações instituídas pela Emenda Constitucional nº 103/2019 (reforma da previdência), especialmente no que diz respeito à atualização das regras para concessão dos benefícios previdenciários”, afirma Fernandes

No ano passado, o prefeito Gleidson Azevedo ameaçou suspender os aportes ao Diviprev previstos no plano de custeio elaborado em 2020. Uma possível suspensão, como queria o prefeito, poderia inviabilizar o plano em execução e agravar a situação do Instituto. Entretanto, a ameaça não foi concretizada e a Prefeitura continua realizando os aportes conforme prevê o plano. O aporte desse ano é de R$ 66,8 milhões, subindo para R$ 71,6 milhões em 2025 e R$ 76,6 milhões em 2026. O plano de custeio prevê aportes até 2050, quando o déficit atuarial do Diviprev será zerado. “Reafirmamos, de modo especial, a importância da regularidade e pontualidade das receitas de contribuição a serem auferidas pelo  Diviprev”, destacou Fernandes.

De acordo com a avaliação “a situação econômico-atuarial do Diviprev, em 31 de dezembro de 2023, apresenta-se de forma desequilibrada no seu aspecto atuarial, conforme comprova a existência do Déficit Técnico, sendo que a manutenção do Plano de Custeio atual será suficiente para a amortização do déficit”.

Clique aqui e leia a íntegra da avaliação

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

Projeto em tramitação na Câmara prevê novas alterações na legislação do Diviprev

Projeto em tramitação na Câmara prevê novas alterações na legislação do Diviprev

 

A Lei Complementar 126/2006, que define as regras do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Divinópolis (Diviprev), que já sofreu 11 alterações desde que foi sancionada em 26 de dezembro de 2006, passará por uma nova mudança. Já está tramitando na Câmara Municipal o Projeto de Lei Complementar 02/2024, de autoria do Executivo, que prevê alterações no recolhimento da taxa de administração. A mudança prevista, a princípio, não acarretará em nenhuma alteração direta para aposentados e pensionistas, porém mexe diretamente nos recursos que custeiam a administração do Instituto.

O projeto em tramitação na Câmara atende Portaria 1.407/2022, do Ministério da Previdência Social, que disciplina os parâmetros e as diretrizes gerais para organização e funcionamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Organizada em 14 capítulos e mais 14 anexos, a Portaria não só engloba diversos temas que vão desde conceitos fundamentais específicos do direito administrativo previdenciário, mas também elencou parâmetros para as contribuições, para o equilíbrio financeiro e atuarial dos regimes, o investimento dos recursos previdenciários, a concessão de benefícios aos segurados servidores, bem como trouxe norma de padronização da emissão da certidão de tempo de contribuição. Entre todos esses temas, a Portaria também define novas regras para o recolhimento da taxa de administração dos Regimes Próprios de Previdência.

A taxa de administração é utilizada para os gastos do Diviprev com pessoal próprio e os consequentes encargos, indenizações trabalhistas, materiais de expediente, energia, água e esgoto, locações, seguros, obrigações tributárias, manutenção, limpeza e conservação da sede administrativa, consultoria, assessoria técnica, honorários, jetons a conselheiros, diárias e passagens de dirigentes e servidores, cursos e treinamentos. O novo Portal Transparência do Diviprev não informa qual o valor arrecadado pelo Instituto com a Taxa de Administração. No ano passado, o Instituto gastou R$ 5.074.106,80 para custeio de suas atividades administrativas.

Pelas regras atuais, a taxa de administração recolhida pelo Diviprev corresponde a 3% do valor total da remuneração dos servidores ativos relativamente ao ano anterior. Isso significa que a taxa incide sobre tudo o que o servidor recebe, incluindo todos os benefícios. A partir da mudança, a taxa continuará em 3%, porém será limitada à base de cálculo das contribuições previdenciárias dos servidores ativos, ou seja, incidirá sobre o vencimento básico da categoria. Isso significa que, na prática, poderá haver redução na taxa recolhida pelo Diviprev.

Nos dois primeiros meses desse ano, segundo o relatório de receitas e despesas publicado pela Prefeitura no Diário Oficial, o Diviprev arrecadou R$ 914.933,24 com a taxa de administração, enquanto os gastos com as atividades administrativas ficaram em R$ 837.885,68. Desse total, o Instituto quitou R$ 331.921,16 até o final de fevereiro.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram