Nova onda do coronavirus atinge países europeus que mais sofreram no início da pandemia

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O coronavirus volta a causar pânico na Europa. Países como Itália e Espanha, que registraram recorde de mortes, já estão enfrentando uma segunda onda da pandeia e outros já se preparam para isso. O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, anunciou um novo estado de emergência neste domingo (25) em um esforço para conter o aumento nas infecções pelo novo  coronavírus, impondo toques de recolher noturnos e proibindo as viagens entre as regiões do país em alguns casos.

“Estamos vivendo em uma situação extrema, é a mais grave na última metade de século”, disse ele em entrevista coletiva após uma reunião de gabinete.

A medida entrou em vigor na noite deste domingo e exigirá que todas as regiões, exceto as Ilhas Canárias, imponham um toque de recolher noturno. O estado de emergência precisará ser aprovado pelo Parlamento para durar além de um prazo de 15 dias. Um número crescente de regiões do país tem pedido que o governo implemente a medida.

A Espanha impôs um dos lockdowns mais severos no início da pandemia e depois relaxou as medidas ao longo do verão no Hemisfério Norte. Mas como em muitos outros países da Europa, a Espanha tem vivido uma segunda onda nas últimas semanas e agora tem os maiores números de infecções da Europa Ocidental. O total de casos subiu para 1.046.132 na sexta-feira (23), enquanto o número de mortos se aproxima de 35 mil.

ITÁLIA

A Itália ordenou neste domingo que bares e restaurantes encerrem atividades às 18h e que academias públicas, cinemas e piscinas devem fechar as portas de forma a tentar conter o rápido ressurgimento do coronavírus no país, que elevou as taxas diárias de infecção a novos recordes.

O primeiro-ministro Giuseppe Conte disse que as medidas visam a proteger a saúde pública e a economia e devem ser eficazes para que a curva ascendente da epidemia seja controlada nas próximas semanas.

“Achamos que sofreremos um pouco este mês, mas ao cerrar os dentes com essas restrições, poderemos respirar novamente em dezembro”, disse ele em entrevista coletiva.

A Itália, que já foi o país mais atingido pela pandemia na Europa, foi ultrapassada por outros no continente, incluindo Espanha, França e Grã-Bretanha, mas as taxas de infecção estão se recuperando rapidamente e os serviços de saúde estão sob pressão crescente.

Ressaltando a propagação da doença, os principais porta-vozes de Conte e do presidente Sergio Mattarella informaram que os dois líderes testaram positivo para o vírus. O porta-voz de Conte, Rocco Casalino, disse em comunicado que viu Conte pela última vez na terça-feira, ocasião em que eles usaram máscaras e mantiveram o distanciamento social. As novas medidas, que entram em vigor na segunda-feira, foram acordadas com as autoridades regionais do país.

Fonte: Agência Brasil

 

 


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