Processo de cassação de Kaboja e Print Júnior revela derrota do prefeito e vereador fujão

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A sessão especial realizada pela Câmara Municipal de Divinópolis na tarde desta segunda-feira (4) para votar o relatório da Comissão Processante que instruiu o processo de cassação dos vereadores afastados Rodrigo Kaboja (PSD) e Eduardo Print Júnior (PSDB) foi uma prévia do que vem pela frente na sucessão municipal. Denunciados no Ministério Público pelo prefeito Gleidson Azevedo (Novo), os dois vereadores escaparam da cassação, continuam afastados dos cargos e recebendo salários, mas ainda terão que responder a uma ação penal que corre na 2ª Vara Criminal de Divinópolis, onde terão que responder pelos seguintes crimes:

Kaboja foi incurso artigo 317, §1º, do Código Pena (corrupção passiva) e por nove vezes e no artigo 1º, da Lei 9.613/98, na forma do artigo 69, do CP (lavagem de dinheiro). A pena máxima para esses crimes pode chegar a 18 anos de reclusão.

Eduardo Print Júnior incurso no artigo 317, §1º, do Código Penal, por três vezes, na forma do art. 69, do CP.

VOTAÇÃO NA CÂMARA

Em uma sessão tumultuada, a Câmara colocou em votação nesta segunda-feira o relatório da Comissão Processante que com os votos de Ney Burger e Zé Braz, concluiu que os dois vereadores cometerem infração político-administrativa, instruindo pela votação da cassação dos mandatos pelo plenário.

A votação foi um verdadeiro circo. Os votos, tanto a favor quanto contra as cassações dos dois vereadores, foram dados não de acordo com possíveis provas produzidas durante as oitivas da Comissão Processante, mas de acordo com a posição política de cada um dos parlamentares. Os vereadores da base do prefeito votaram pela cassação, enquanto a oposição votou contra a perda dos mandatos. Um dos féis seguidores do prefeito, vereador Josafá Anderson, mais uma vez fugiu de sua responsabilidade e não compareceu como você verá no final desta reportagem.

OS VOTOS

Para confirmar a cassação dos mandatos seriam necessários 12 votos, ou seja, maioria qualificada. Com um vereador do prefeito ausente, a base do Executivo saiu derrotada duas vezes e o prefeito Gleidson Azevedo (Novo), que era o grande interessado na cassação dos dois vereadores, foi o grande perdedor do dia.

CASSAÇÃO DE PRINT JÚNIOR – Com nove votos favoráveis e sete contrários, Print Júnior manteve o mandato. Pela cassação, votaram a favor: Ana Paula do Quintino, Anderson da Academia, Breno Júnior, César Tarzan, Periquito Beleza, Roger Viegas, Wesley Jarbas e Zé Braz. Os votos contrários foram de Ademir Silva, Edsom Sousa, Flávio Marra, Hilton de Aguiar, Israel da Farmácia, Lauro Henrique e Rodyson do Zé Milton.

CASSAÇÃO DE KABOJA – Escapou da cassação por um voto. Foram 11 votos favoráveis e cinco contrários. Votaram a favor: Ana Paula do Quintino, Anderson da Academia, Ademir Silva, Breno Júnior, César Tarzan, Lauro Henrique, Periquito Beleza, Ney Burguer, Wesley Jarbas e Zé Braz. Os votos contra, que salvaram o mandato de Rodrigo Kaboja, foram de Edsom Sousa, Flávio Marra, Hilton de Aguiar, Israel da Farmácia e Rodyson do Zé Milton.

COMISSÃO PROCESSANTE

Embora todos os empresários ouvidos pela Comissão Processante tenham confirmado o pagamento de propina a Rodrigo Kaboja, enquanto outros revelaram ter deixado dinheiro em espécie no Posto de Combustível pertencente a Eduardo Print Júnior, a votação de ontem ignorou essas informações.

Desqualificada por blindar o prefeito Gleidson Azevedo durante todo o processo, a Comissão Processante não conseguiu produzir um relatório unânime, como também apresentou um documento fraco e desprovido de consistência.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 


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