Secretária de Educação retrocede e diz que cartão de vacinação será exigido pelas escolas municipais de Divinópolis

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A secretária municipal de Educação de Divinópolis, Andréia Dimas, voltou atrás da decisão anunciada no início da semana e confirmou que o cartão de vacinação será exigido nas escolas da rede municipal de ensino. No início da semana, ao lado do deputado estadual Eduardo Azevedo (PL), a secretária havia afirmado o contrário. Na gravação feita ao lado do deputado, Andréia havia afirmado que o cartão de imunização não seria exigido dos estudantes. Já nesta quinta-feira (7), em um vídeo postado nas redes sociais, a secretária afirmou que “nada mudou e nós vamos exigir, sim, o cartão de vacinação”.

O Portal do Sintram encaminhou um questionamento à Prefeitura sobre a decisão inicial anunciada pela secretária e pelo deputado, porém não obteve resposta.

Segundo a OMS, “as vacinas estimulam o sistema imunitário do organismo a proteger a pessoa contra infecções ou doenças. A imunização previne a doença, a incapacidade e a morte por doenças evitáveis através da vacinação”. Ainda de acordo com a OMS “o desenvolvimento das vacinas é um marco nas estratégias de saúde pública e na qualidade de vida da sociedade”.

BADERNA

Em uma semana, com participação ativa do deputado Eduardo Azevedo, a Semed conseguiu criar uma enorme baderna em torno do cartão de imunização. Na segunda-feira, dia 5, primeiro dia do ano letivo de 2024, a secretária de Educação, Andréia Dimas, encaminhou um ofício circular às escolas municipais autorizando a frequência dos alunos que não apresentassem o cartão de vacinação. “A Semed tem estabelecido em suas normativas para a matrícula escolar, que o cartão de vacinação da criança/estudante continue sendo apresentado no ato da matrícula e que este deve constar na documentação do aluno presente na secretaria escolar. Entretanto, não é fator impeditivo ao acesso à escola, o cartão de vacina incompleto”, diz o ofício.

No mesmo dia, a secretária gravou um vídeo ao lago do deputado Eduardo Azevedo, comunicando à população que o acesso às aulas na rede pública do município, estava autorizado sem a apresentação do cartão. “Quem quiser vacinar, vacina, que não quiser, não vacina”, disse o deputado no mesmo vídeo.

Leia íntegra do oficio circular

Nesta quinta-feira (8), após a notícia ser publicada, em um documento assinado por Érika Carmargos Ferreira, a Vigilância Sanitária afirmou que a partir de 1º de janeiro desse ano “caso a criança [na faixa etária entre seis meses e cinco anos] não esteja com a vacinação contra Covid-19 em dia, não será possível emitir a declaração de vacinação afirmando que o cartão de vacinação está atualizado”. No mesmo documento, a Vigilância, de forma indireta, decretou que o cartão de imunização não precisaria ser exigido nas escolas.

Leia a íntegra do documento da Vigilância

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram


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