Artesã divinopolitana é julgada pelo STF por atos terroristas de 8 de janeiro; empresária da cidade é interrogada pela PF

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Duas mulheres de Divinópolis já estão respondendo por participarem dos atos terroristas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Inconformados com a derrota de Jair Bolsonaro, os bolsonaristas tentaram um golpe para derrubar o presidente Luís Inácio Lula da Silva, legitimamente eleito pelas urnas. Os atos terroristas praticados pelos seguidores de Bolsonaro provocaram um prejuízo de quase R$ 27 milhões ao erário.

A Procuradoria Geral da República (PGR) já denunciou 1.390 bolsonaristas pelos ataques terroristas de 8 de janeiro e esta semana o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento dos primeiros 100 envolvidos nos atos antidemocráticos. Eles são acusados por associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado. No momento, 86 mulheres e 208 homens seguem encarcerados no sistema penitenciário do Distrito Federal.

A artesã divinopolitana Andrea Maria Maciel Rocha e Machado, que foi presa em flagrante no dia 8 de janeiro, está entre os 100 primeiros julgamentos realizados pelo STF. De acordo com o G1 ela ficou conhecida após assumir a liderança de uma associação fundada em favor dos direitos das famílias que perderam restos mortais de parentes no desmoronamento de parte do Cemitério da Paz.

O G1 informou, ainda, que a artesã não quis comentar sobre o julgamento e que seu representante, o advogado Matheus Castro, declarou que apresentou a defesa prévia e que acredita não haver provas para o prosseguimento da denúncia.

Os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Edson Fachin e Carmem Lúcia já votaram a favor da abertura de ação penal e tornar réus os 100 denunciados pelos atos golpistas de 8 de janeiro deste ano, entre eles a artesã de Divinópolis. O placar no STF já é de 4 a zero a favor da ação penal. Ainda faltam dois votos favoráveis para o STF formar maioria a favor da ação.

POLÍCIA FEDERAL

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (18) mais uma etapa da Operação Lesa Pátria. A décima fase da operação busca identificar pessoas que “participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram” os ataques golpistas do dia 8 de janeiro. Em Divinópolis, a PF ouviu a empresária Cristiana Gonçalves Naves, que foi alvo de busca e apreensão.

O Portal Divinews revelou que Cristina Gonçalves é empresária, proprietária de uma representação dos produtos Herbalife no Bairro Bom Pastor. Cristina foi presa em flagrante durante os atos terroristas de 8 de janeiro. Posteriormente foi libertada, porém com tornozeleira eletrônica. Segundo o  Divinews,  Cristina organizou a viagem de um grupo de Bolsonaristas a Brasília para participarem dos atos terroristas.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 

 

 


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