Roger Viegas chama viagem de vereadores a Brasília para participar da Marcha dos Prefeitos de “farra do boi”

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Nesta quinta-feira a Câmara teve mais uma reunião de plenário vazio (Fotos: Reprodução/TV Câmara)

Conforme era previsto, a Câmara Municipal de Divinópolis realizou nesta quinta-feira (30) mais uma reunião sem nenhuma votação de propostas. A pauta continua trancada, uma vez que o veto do prefeito Gleidson Azevedo (PSC) à emenda de Eduardo Print Júnior (PSDB) ao Projeto de Lei 09/2022, que promove alterações na legislação do transporte coletivo urbano, não foi votado na última terça-feira. A emenda de Print Júnior muda o projeto original e é um presente para as empresas, já que reduz de forma drástica os valores das multas em caso de descumprimento de cláusulas contratuais (ver matéria).

As votações na Câmara foram prejudicadas pela ausência de seis vereadores que passaram a semana em Brasília participando da Marcha dos Prefeitos. Foram a Brasília os vereadores Flávio Marra, Diego Espino, Rodyson do Zé Milton, José Wilson Piriquito, Anderson da Academia e o presidente da Câmara Eduardo Print Júnior. Na sessão de terça-feira (28), a vereadora Ana Paula do Quintino (PSC) também não apareceu. Ela decidiu fazer uma visita ao Restaurante Popular, fechado há 10 anos, exatamente no horário da sessão. Na terça-feira faltou quórum para votar o veto, o que manteve a pauta da Câmara trancada. Já nesta quinta-feira (30) o veto não constou da pauta da sessão.

CRITICAS

A viagem de uma comitiva de seis vereadores a Brasília, que custará à Câmara R$ 23.284,80 em diárias, o que representa 19,2 salários mínimos mereceu críticas na Câmara. Na sessão desta quinta-feira, o vereador Roger Viegas (Republicanos) classificou a viagem a Brasília como a “farra do boi”. Viegas lembrou que a Câmara é cobrada diariamente pela população dos gastos públicos. Apesar das duras críticas, Viegas evitou falar que a Câmara vai gastar mais de R$ 23 mil para bancar a viagem de seis vereadores. Ele destacou os gastos globais com a Marcha a Brasília, lembrando que a presença de todos os participantes da Marcha em Brasília custará R$ 40 milhões, sem citar a fonte de informação. “É a farra do boi que não pára em nosso Brasil”, disse o vereador em seu pronunciamento para um plenário vazio. “Os políticos estão despejando um caminhão de dinheiro lá em Brasília”.

Roger Viegas disse que será muito atacado depois de se posicionar sobre a viagem. “Eu sei que vou ser muito atacado depois desse pronunciamento, mas é o que muito gente tem vontade de falar. Eu falo aqui é em nome da população. A gente tem que colocar o dedo na ferida, doa em quem doer. É viagem de excursão, é passeio”, acrescentou.

“Nós temos que acabar com essa esculhambação de ficar bajulando político que está a passeio com o nosso dinheiro. Dia de reunião é dia sagrado. O vereador é pago para estar aqui no dia da reunião. Cada vereador é muito bem pago. São R$ 7.500 líquidos por mês. Vereador detesta quando fala de salário, mas essa é a verdade. Não é um dinheirão que faz milagre, mas é acima da média da maioria dos cidadãos brasileiros, que pega ônibus, pega sol, pega chuva”, concluiu.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 


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