Unidade onde psiquiatra foi agredida na semana passada realizou mais de 61 mil atendimentos em 2022

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Um balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) sobre o número de atendimentos os Centros de Atenção Psicossocial (Caps III) reforça a necessidade de uma discussão urgente sobre um esquema de segurança para garantir o trabalho dos servidores que atuam nas unidades de saúde de Divinópolis. Na última quarta-feira (22), uma médica psiquiatra foi agredida por uma paciente na unidade do Caps III (Sersam), ao ser comunicada de que ela receberia alta. A paciente não concordou com a avaliação da profissional e agrediu a médica com socos e chutes, chegando a jogá-la no chão.

Os casos de ameaças, agressões e até depredações nas unidades de saúde mais do que duplicaram nos últimos três anos e nenhuma medida concreta foi adotada pela Semusa para garantir aos servidores a tranquilidade necessária para o desempenho de suas atividades.

O balanço divulgado pela Semusa sobre os atendimentos mostra que de janeiro a novembro do ano passado, as unidades do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps-Ad III) realizaram 197.861 atendimentos. Só para ser ter uma ideia do volume de trabalho dos profissionais lotados nas unidades do Caps, somente no Sersam, onde está lotada a médica psiquiatra vítima de agressão, foram 61.771 atendimentos em 11 meses.

De acordo com a Semusa, O Caps III (Sersam) atende, prioritariamente, pessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes. Atende as crises psíquicas e os casos agudos de sofrimento mental. Também funciona durante 24 horas, incluindo feriados e finais de semana. Está localizado no mesmo endereço do Caps-Ad III.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Marco Aurélio Gomes, a segurança do trabalhador nas unidades de saúde precisa ser discutida. “Essa é uma questão que não pode mais ser adiada. Sabemos das dificuldades que há o sistema público de saúde, mas a segurança do trabalhador precisa ser tratada com prioridade, pois é ele quem está na ponta do atendimento ao usuário”, afirma o presidente.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 

 


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