Presença do vereador Hilton de Aguiar na UPA Padre Roberto para fiscalizar superlotação causa reação na Prefeitura

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A presença do vereador Hilton de Aguiar na fiscalização da UPA não é novidade. Ele é um dos poucos parlamentares que fazem isso coim frequência (Foto: Diretoria de Comunicação/CMD)

A Polícia Militar foi chamada nesta quarta-feira (22) pela direção da UPA Padre Roberto, após o vereador Hilton de Aguiar (MDB) comparecer ao local para investigar a superlotação da Unidade. Desde o início da semana são inúmeras as reclamações de usuários que procuraram a UPA devido a longa espera para conseguir atendimento médico. Na terça-feira (21), por exemplo, no início da tarde, mais de 60 pessoas aguardavam atendimento.

De acordo com o boletim de ocorrência, o vereador teria entrado sem permissão em locais onde a presença de estranhos é proibida, como os consultórios médicos, por exemplo. O vereador justificou afirmando que estava cumprindo o seu papel, fiscalizando o funcionamento da Unidade, após receber várias denúncias de superlotação, o que ele pôde constatar durante a visita.

VEREADOR INVESTIGADO

A presença do vereador na UPA 24h, cumprindo seu papel de fiscalizador, gerou reações na Prefeitura. Em “Nota de Esclarecimento” divulgada na manhã desta quinta-feira (23), a Prefeitura informou que a conduta do vereador está sendo investigada.

VEJA A ÍNTEGRA DA NOTA

A Prefeitura de Divinópolis, pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), informou hoje (23/2) que, com base em comunicado de trabalhadores da empresa Instituto Brasileiro de Políticas Públicas (Ibrapp), atual gestora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Padre Roberto Cordeiro Martins, investiga a suposta conduta inapropriada de vereador de Divinópolis ocorrida ontem (22/2), quando, apesar de desempenhar uma das funções típicas do legislador, a saber, a fiscalização, se teria excedido no exercício do poder/dever ao ingressar recinto de acesso restrito a profissionais de saúde, contra instruções de não fazê-lo.

Noutra frente, temos a narrativa do vereador de que não teria acessado os locais de circulação e acesso restrito. Ante versões contraditórias, e no esforço por averiguar que sucedeu, a Semusa solicitou o envio das imagens das câmeras de segurança da unidade, que sem dúvida servirão para identificar a versão correta do incidente.

É importante ressaltar que a UPA de Divinópolis está composta por setores como a Sala de Emergência (Sala Vermelha), que assiste pacientes em situação de exposição, que podem estar desnudos ou em roupa íntima, pelo que é necessário ter cuidado com a circulação de pessoas não autorizadas na relação de cuidado, mantendo a dignidade e a intimidade dos pacientes. Por isso, providências foram tomadas para garantir que as pessoas que ingressam no local sejam profissionais estritamente orientados à saúde dos usuários (sic)”.

A nota publicada pela Prefeitura destaca somente a ação do Município, mas não dá uma resposta à população sobre a superlotação da unidade.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 


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