Zema chantageia prefeitos para apoiar adesão ao Regime de Recuperação Fiscal e ataca governo federal

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Durante encontro na AMM, Zema chantageou prefeitros para ganhar apoio ao Regime de Recuperação Fiscal (Foto:AMM)

O governador Romeu Zema (Novo) participou na noite da última terça-feira, da reinauguração da sede da Associação Mineira dos Municípios (AMM). Ao discursar para dezenas de prefeitos presentes ao encontro, Zema aproveitou para defender seu Projeto que tramita na Assembleia Legislativa para adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Zema pediu aos prefeitos para pressionarem os deputados para aprovar a proposta e numa clara chantagem aos chefes de Executivos Municipais, Zema disse que se a proposta não for aprovada, o Estado vai atrasar o repasse de recursos para as prefeituras.

O secretário de Estado de Governo, Gustavo Valadares, também presente no evento, engrossou a pressão sobre os prefeitos afirmando que a aprovação do Regime de Recuperação Fiscal (RRF) é fundamental para a saúde financeira de Minas Gerais, e como os prefeitos podem auxiliar no apoio com os deputados estaduais mineiros para a aprovação da pauta antes do fim das atividades legislativas de 2023.

Valadares fez um eloquente discurso defendo a adesão. “É mentira que essa renegociação prejudica o servidor estadual, nem uma vírgula de prejuízo será feita com ela. Pelo contrário. Eles serão prejudicados se a gente não recuperar a dívida. É mentira também que não vai ter promoção ou progressão de carreira, o plano que nós enviamos a secretaria do Tesouro Nacional, já prevê o crescimento da folha dos servidores do Estado. Todas as promoções e progressões ao longo dos nove anos, que durará a permanência da renegociação, já foi calculada e entregue ao Tesouro. Então os servidores vão continuar progredindo e se promovendo na carreira normalmente. Assim como o concurso também”, exaltou o secretário.

A AMM demonstrou apoio ao governador, que embora não tenha declarado publicamente, está fugindo do acordo negociado pelo presidente do Senado com o governo federal para a quitação da dívida. Em nota publicada em seu site a AMM mente ao afirmar que “a dívida foi deixada por governos anteriores”. A Associação omite a informação de que a dívida do Estado, atualmente em R$ 166 milhões, teve um crescimento de R$ 53 bilhões no governo Zema.

Ao final do encontro, Romeu Zema alertou aos prefeitos que caso não haja essa renegociação, as contas do Estado não fecharão e disse que haverá atraso no salário do funcionalismo público, atraso com fornecedores e atraso nos repasses dos municípios.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 


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