Vice-presidente do Sintram  diz que Executivo precisa ser mais transparente sobre instalação do novo lixão

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O Sintram registrou a devastação que já se verifica no local do futuro lixão (Foto: Pedro Gianelli)
O Sintram registrou a devastação que já se verifica no local do futuro lixão (Foto: Pedro Gianelli)

O ambientalista e vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Darly Salvador, concedeu entrevista ao Programa Bom Dia Divinópolis, transmitido pela Rádio Minas, na manhã desta quarta-feira (21). Na entrevista concedida ao jornalista Flaviano Cunha, entre outros assuntos, o vice-presidente abordou a reunião promovida pelo Sindicato no último dia 6 para discutir o destino dos resíduos sólidos (lixo urbano residencial e comercial) de 33 cidades da região, que pode ter como endereço um terreno localizado no Complexo da Ferradura.

O encontro, realizado no auditório do Sintram, reuniu servidores públicos, profissionais liberais, ativistas e políticos interessados em impedir que seja construída uma usina de tratamento de lixo na cidade. (Leia reportagem completa sobre o encontro do dia 6)

Em entrevista à Rádio Minas, Darly Salvador cobrou mais transparência do Execdutivo sobre o novo lixão (Foto: Pedro Gianelli)
Em entrevista à Rádio Minas, Darly Salvador cobrou mais transparência do Executivo sobre o novo lixão (Foto: Pedro Gianelli)

Na entrevista concedida hoje à Rádio Minas, Darly Salvador afirmou que o Sintram cumpriu seu papel seu papel social, ao abrir espaço para um debate de tamanha importância. Destacou que a população não sabe para onde os questionamentos devem ser encaminhados por falta de transparência do Executivo. O vice-presidente destacou, ainda, que apesar de um encontro ter reunido um grande número de pessoas, ainda ficaram muitas dúvidas, porque não havia gente apta a responder. O secretário municipal do Meio Ambiente, Marco Túlio Silva Santos, convidado para participar do encontro representando o Executivo, não compareceu. “Esses questionamentos, essas dúvidas, precisam ser respondidas pelo Executivo, que está à frente disso”, declarou Darly Salvador.

Darly Salvador, que esteve no local onde deve ser construída a usina de tratamento dos resíduos sólidos de 33 cidades da região, revelou que já ocorreu uma vasta degradação ambiental no local, com nivelamento do terreno, supressão da vegetação e outros preparativos que indicam que o local está sendo preparado para receber o novo lixão. “Não temos nada claro. Falam que vai ser uma usina de tratamento, mas não sabemos, justamente pela falta de transparência nesse processo”, acrescentou.

“A população merece saber se realmente vai haver uma usina, porque o que temos de informação é que será outro aterro [sanitário]. E se não for isso, que nos esclareçam, que venham a público”, desafiou o vice-presidente do Sintram.

O vice-presidente criticou, ainda, a decisão do presidente da Câmara, Israel da Farmácia (PSD), que negou o pedido de realização de uma audiência pública solicitada pela Comissão de Participação Popular da Câmara. “Eu sugeri a alguns vereadores uma nota de repúdio ao presidente da Câmara, que impediu uma audiência pública para discutir a questão. Ora, audiência pública é para esclarecer e esclarecimento é o que a gente mais precisa nesse momento”, afirmou.

Darly Salvador respondeu, ainda, a uma declaração feita por um representante do Executivo, que afirmou que o movimento contra a instalação da usina de lixo é feito por “meia dúzia de pessoas”. “Essa pessoa não tem conhecimento, ela  não tem propriedade para falar isso”, disse. Reafirmou que é preciso uma audiência pública com urgência para debater a questão. “Precisamos que os órgãos competentes levem conhecimento ao povo do que está acontecendo. Nós como cidadãos, temos o direito de saber”, concluiu.

Veja a entrevista na íntegra:

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram


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