O vereador de Bom Despacho, João Eduardo Campos: ataques a Lula e insignificância política (Foto: Reprodução)

Felizmente, para todos, o Brasil vive a democracia plena. Somente numa democracia é possível que autoridades do Executivo e do Judiciário sofram tantos ataques e ofensas, prática que se transformou em regra na extrema direita brasileira. Os ataques se intensificaram após o Supremo Tribunal  Federal (STF) ter tornado réu o ex-presidente Jair Bolsonaro, que em 2022 comandou uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula, legitimamente eleito pelo voto popular.

Os ataques da extrema direita, inconformada com a ação constitucional do STF, mostram um monte de políticos que defendem suas causas ideológicas e não os interesses do Brasil. É o que se viu na defesa da chantagem do presidente americano, que implantou uma taxação de 50% sobre os produtos brasileiros importados para os Estados Unidos, estabelecendo como moeda de troca a anistia ao ex-presidente golpista. É também o que se viu quando um bando de senadores e deputados desocupados, decidiram sequestrar o Congresso Nacional para forçar a votação de um projeto de anistia.  O Congresso ficou fechado por 30 horas, enquanto os congressistas baderneiros permaneciam ocupando as Mesas da Câmara e do Senado.

Com a resistência da democracia, que mesmo sob ataque continua inegociável, os extremistas mais radicais, anarquistas e fanáticos, iniciaram uma onda de ataques a autoridades brasileiras constituídas, utilizando especialmente suas redes sociais. Até hoje não houve punições e isso se deve ao Brasil ser uma democracia plena, que permite ao cidadão se expressar, muitas vezes de forma virulenta e ofensiva. Políticos moleques, muitas vezes idolatrados pela falta de inteligência nas redes sociais, usam essa tática como forma de engajamento.

É o caso do senador Cleitinho Azevedo (Republicanos). Sem argumentos, o senador justifica sua oposição atacando especialmente o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes. O senador já esbravejou contra o presidente e disse que Lula é “homicida”. O vídeo está disponível no Youtube. Alexandre de Moraes, para o senador, é “vagabundo”.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) também abusa do direito de ofensas às autoridades que pensam diferente dele. Também já usou o termo “pinguço” para atacar o presidente Lula. O mesmo ocorreu com Michele Bolsonaro, insignificante na vida pública, que busca relevância como pretendente a disputar a presidência da Repúblca.

EFEITO DOMINÓ

Os ataques da extrema direita sofrem um efeito dominó, começando no Congresso até chegar às Câmaras Municipais. Nos legislativos municipais, Lula e Alexandre de Moraes são os alvos preferidos de vereadores irrelevantes, que buscam ganhar projeção com a tática extremista.

É o que acontece em Bom Despacho, onde o insignificante vereador João Eduardo Campos (PSD), que se identifica como “empresário, cristão, conservador e família” tenta se projetar, surfando na onda da extrema direita e na sua ideologia religiosa. Eleito para seu primeiro mandato com 804 votos, João Eduardo foi o penúltimo candidato na votação. Diz que “ama a política”, que a “direita vive” e que tem a “política no sangue”.

Sua grande contribuição até agora para Bom Despacho foi apresentar o Projeto de Lei 49/2025, que cria o dia dos legendários na cidade. O projeto foi aprovado pela Câmara no dia 30 de junho, sancionado pelo prefeito Fernando Andrade, que é do mesmo partido do vereador, e transformado na Lei Municipal 3.039.

Na busca de projeção, João Eduardo Campos já usou seus discursos na Câmara para chamar o presidente Lula de “ladrão” e “cachaceiro”, seguindo os exemplos de seus ídolos Cleitinho, Nikolas e Michele. São acusações graves, que segundo o ordenamento jurídico brasileiro podem se enquadrar nos crimes contra a honra: calúnia, injúria e difamação.

Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação

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