Vereador afastado do cargo investigado por associação criminosa é preso preventivamente

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Carlos Delfim continua recebendo da Câmara Municipal salário superior a R$ 14 mil mensais (Foto: Reprodução/Facebook)

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), regional da Zona da Mata, em conjunto com a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Muriaé e as Polícias Militar e Civil, efetuou na tarde desta quarta-feira (19) a prisão preventiva do vereador Carlos Delfim (PDT) investigado por liderar associação criminosa destinada ao cometimento de crimes de lavagem de dinheiro.

O vereador foi afastado do cargo e já foi condenado em sentença proferida pela Juíza da Vara Criminal de Muriaé a cinco anos e quatro meses de reclusão, em regime semiaberto. Carlos Delfim responde, ainda,  a um processo de cassação instaurado pela Câmara Municipal. Apesar de todo esse histórico, Carlos Delfim continua recebendo o salário de R$ 14.103,22. Até março, somente em salário, Delfim havia recebido R$ 42.309,66 da Câmara Municipal.

Na última segunda-feira (17) aconteceu a Audiência de Instrução do vereador e de uma testemunha apresentada por sua defesa.  O vereador Reginaldo Rori (PDT)) autor do pedido de cassação de Delfim, acompanhou os depoimentos, assim como o presidente da Câmara, Gerson Varella Neto  (UNIÃO). Seguindo o rito, o próximo passo agora é a apresentação, por parte da Defesa de Carlos Delfim. A Comissão Processante, que investiga as denúncias apresentadas contra Delfim, teve início nos primeiros dias de março.

PRISÃO

Segundo as investigações que levaram o vereador à prisão preventiva, Carlos Delfim, que já ocupou a presidência da Câmara Municipal de Muriaé, sistematicamente, agiu e age no sentido deliberado de ocultar e dissimular a propriedade de veículos, empresas, imóveis, máquinas, gados e dinheiro pertencentes a ele. Para concretizar o seu recorrente plano criminoso, conforme apurado pelo MP, ele  se vale de, pelo menos, três pessoas de sua mais alta confiança.

De acordo com o promotor de Justiça Breno Costa da Silva Coelho, coordenador do Gaeco da Zona da Mata, foram indisponibilizados, nesta fase da operação Catarse, bens no valor aproximado de R$ 1.953.040,00.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram
Com informações do MPMG

 

 

 


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