O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) está fiscalizando a retomada das obras do Hospital Público Regional de Divinópolis. O Tribunal fiscaliza, ainda, obras em outras quatro cidades do Estado, que também estão há anos paralisadas. Três auditores do TCE visitaram as instalações das unidades de saúde de Conselheiro Lafaiete, Divinópolis e Sete Lagoas e também acompanharão a execução das obras em Governador Valadares e Teófilo Otoni.
O TCE informa que a vistoria nessas obras tem o objetivo de identificar pontos de melhoria e possíveis erros, para que as construções sejam enfim concluídas. Com a retomada das obras, quase sete milhões de mineiros serão atendidos, em 1.400 novos leitos.
Os técnicos do TCE estiveram em Conselheiro Lafaiete na segunda-feira (2), e visitaram a construção do hospital regional, que foi paralisada em 2012. A obra, que tem 44% de conclusão, tem uma estimativa de R$ 31,4 milhões em investimentos e deve liberar 97 novos leitos, atendendo quase 800 mil habitantes.
Já o Hospital Regional de Divinópolis foi fiscalizado na terça e quarta-feira da semana passada. O hospital receberá R$ 40 milhões para retomar as obras, paralisadas desde 2016. Ao todo, 54 cidades serão atendidas na unidade, que terá 209 leitos disponibilizados após a conclusão. A estimativa é que mais de 1,2 milhão de pessoas sejam atendidas com essa obra, que já tem 60% de suas obras concluídas.
Os técnicos do TCE estiveram em Sete Lagoas na quinta-feira (5). Lá, as obras foram iniciadas em junho de 2011 e contempla a construção em um terreno de 40 mil m². Depois de pronta, a unidade de saúde deverá contar com 236 leitos, atendendo uma população regional de 630 mil habitantes e ter, cerca de 3.500 funcionários.
O engenheiro civil e analista de controle externo do Tribunal de Contas Manoel Flores, esteve nos hospitais regionais e explicou a dinâmica da fiscalização. “Estamos fazendo uma vistoria, na modalidade ‘acompanhamento’, que é um tipo de vistoria em que acompanhamos ao longo do tempo a execução da obra. Neste caso foi uma contratação integrada, do projeto e da obra, então, seria interessante acompanhar todo este período”, explicou o analista.
O analista de controle externo, Otávio Simões, que também é engenheiro civil, destacou a importância do olhar técnico, durante as avaliações das obras paralisadas. “O objetivo é verificar se os pontos de diagnósticos estão sendo contemplados ou não, no orçamento previsto pelo órgão estadual”, disse o engenheiro.
Daqui para frente a presença do Tribunal de Contas nestes hospitais regionais será mais frequente, conforme explica o Coordenador de Fiscalização de Obras e Serviços de Engenharia, Douglas Emanuel. “Queremos identificar os riscos que venham ocorrer ao longo da execução das obras, de modo que haja uma atuação preventiva e assim contribuir para a retomada e conclusão destes hospitais e assim, atender a população mineira”, concluiu o coordenador.
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Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram
Com informações do TCE/MG