Os trabalhadores do transporte coletivo urbano de Divinópolis poderão deflagrar uma greve nos próximos dias reivindicando reajuste salarial. Com os salários congelados há três anos, além da redução de trabalhadores, como a retirada dos trocadores de todas as linhas, os motoristas do transporte urbano da cidade têm outras dificuldades impostas pelas empresas que pertencem ao Consórcio Transoeste, que detém a concessão do transporte coletivo urbano da cidade.
Essa semana, o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Divinópolis (Sinttrodiv), que representa os trabalhadores do transporte coletivo, iniciou a distribuição de um boletim informativo à população, informando sobre a possibilidade de uma greve. Sem informar uma provável data para a paralisação, o boletim informa que o Consórcio Transoeste “mantém a mesma postura intransigente e não avança nas negociações”. “Não enxergamos outro caminho que não seja a greve para garantir os direitos da categoria”, afirma o Sinttrodiv.
O boletim distribuído pelo Sindicato dos Motoristas também pede desculpas aos usuários diante da iminente paralisação do transporte público: “O sindicato sempre buscou o diálogo e alternativas que não penalizassem os usuários. Porém, a situação chegou a um ponto insustentável. Por isso, pedimos desculpas e a compreensão de todos que utilizam o transporte coletivo para qualquer transtorno que o movimento poderá causar”, afirma o Sinttrodiv.
TARIFA
O Consórcio Transoeste alega que não tem condições de conceder reajuste salarial sem a revisão no valor da tarifa, congelada em R$ 4,15 desde 2021. Porém, para garantir a tarifa sem aumento, no ano passado o prefeito Gleidson Azevedo (PSC) concedeu um subsídio de R$ 5,6 milhões ao Consórcio Transoeste para garantir a manutenção do valor da tarifa. Foram feitos dois repasses de R$ 400 mil em março e abril do ano passado e o restante está sendo pago em parcelas mensais de R$ 480 mil. A última parcela está prevista para ser paga em maio desse ano.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram