Com o objetivo de desenvolver soluções sustentáveis e inclusivas para a cidade histórica de Tiradentes, na Região Central de Minas Gerais, preservando o patrimônio cultural e protegendo o bem-estar animal, a cidade recebeu oficialmente, na última sexta-feira, 1º de novembro, o protótipo da charrete elétrica. O evento representou um marco fundamental no projeto “Transição da Tração Animal para a Inovação”, que vai eliminar o uso de veículos de tração animal.
O protótipo não implica substituição imediata das charretes tradicionais, mas inaugura um caminho responsável e participativo para a transição, com foco na sustentabilidade e no respeito às famílias que dependem dessa atividade.
A promotora de Justiça Luciana Imaculada de Paula, coordenadora estadual de Defesa dos Animais (Ceda) do Ministério Público de Minas Gerais, destacou que o diálogo foi fundamental em todo o processo que culminou neste momento. “Esse movimento pela substituição das charretes começa no conflito entre proteção animal e as famílias que precisam de dar continuidade ao trabalho, em razão do seu sustento”.
Ainda segundo a promotora de Justiça “buscamos uma solução que atendesse às necessidades de quem participa de todo o processo. Foi tudo feito em conjunto com os charreteiros”.
O projeto, viabilizado por meio do Núcleo Semente, reflete o compromisso da cidade com a abordagem de saúde única, integrando o bem-estar animal, humano e ambiental. Com a participação ativa da Associação de Charreteiros de Tiradentes e da prefeitura municipal, a mudança está sendo planejada com cautela, de forma justa e colaborativa, considerando as necessidades dos trabalhadores locais. “Este momento é apenas o primeiro passo de uma transição muito importante e necessária, marcando o início de uma jornada com desafios e conquistas pela frente”, disse Brenda Sampaio, advogada do Instituto Arbo, responsável pela execução do projeto. Uma das etapas seguintes, por exemplo, é a destinação dos cavalos para adoção responsável.
Fonte: MPMG