Investigada pelo Ministério Público sob suspeita de fraudes em licitação para contratação de uma assessoria jurídica para a prestação de serviços ao Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Divinópolis (Diviprev), Rejane Alves Campos de Sousa foi exonerada do cargo de superintendente da autarquia nesta segunda-feira (30) através do decreto 13.465, publicado pelo Diário Oficial dos Municípios. A ex-superintendente havia sido afastada do cargo no dia 11 de fevereiro, após operação da Polícia Civil e do Ministério Público, que recolheram computadores e documentos na sede do Diviprev.
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Embora tenha sido afastada, Rejane continuava recebendo o salário referente ao cargo, que fica em torno de R$ 22 mil mensais. Com isso, o Instituto vinha pagando dois salários para o mesmo cargo, já que o então superintendente interino, Aguinaldo Henrique Ferreira Lage, também recebe o mesmo valor em sua folha de pagamento. Aguinaldo Henrique foi nomeado interinamente para o cargo em fevereiro, tão logo a titular foi afastada a pedido do Ministério Público.
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Essa situação provocou reações contrárias e nos últimos meses a exoneração da superintendente vinha sendo insistentemente pedida pelo conselheiro do Instituto, Darly Salvador de Sousa. Em diversas ocasiões, o conselheiro pediu sua exoneração, tendo como principal argumento o fato de Rejane Alves, apesar de afastada, continuar recebendo os salários pagos pelo Instituto. O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), também se manifestou pela exoneração de Rejane Alves, sob o entendimento de que Diviprev, cuja situação financeira exige cautela e contenção de gastos, não está em condições de arcar com dois salários para o mesmo cargo.
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EFETIVAçãO
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Também na edição desta segunda-feira do , Diário Oficial, através do decreto 13.467, o prefeito Galileu Machado (MDB) nomeou Aguinaldo Henrique Ferreira Lage como superintendente titular do Diviprev. Aguinaldo ocupava o cargo interinamente desde fevereiro desse ano, quando a titular foi afastada. Já Rejane Alves foi nomeada pelo prefeito, através do decreto 13.466, para a Diretoria de Meio Ambiente, na Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Políticas de Mobilidade Urbana, que lhe garantirá um salário de R$ 10 mil mensais.
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O Ministério Público continua investigando a atuação de Rejane Alves frente ao Diviprev. As investigações começaram em 2018 e o contrato sob suspeita foi firmado em 2017 com valores de quase R$ 76 mil ao ano. ,
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Redação: Jotha Lee
Comunicação Sintram