A exemplo do que aconteceu no ano passado, quando o prefeito Gleidson Azevedo (Novo) de forma unilateral encerrou as negociações salariais, concedendo a revisão antes da palavra final dos servidores, o chefe do Executivo repetiu a dose esse ano. Embora os servidores tenham rejeitado em assembleia a contraproposta da Prefeitura, Gleidson Azevedo publicou na edição desta terça-feira (5) do Diário Oficial dos Municípios, o Decreto 16.080/2024, concedendo revisão salarial de 6,80%. O vale-refeição foi reajustado de R$ 12 para R$ 14.
Com a publicação do decreto, o prefeito dá por encerrada as negociações. A reivindicação inicial dos servidores, aprovada em assembleia no início de fevereiro era de reposição salarial de 14,55% para amenizar as perdas dos últimos anos, mais equiparação do vale-refeição ao valor pago pela Câmara Municipal que pulou de R$ 23 para R$ 25. A contraproposta do Executivo foi rejeitada, porém o prefeito deu prosseguimento às negociações e decretou a revisão de acordo com a contraproposta do Executivo, rejeitada pela categoria.
De acordo com o decreto, a revisão de 6,80% será aplicada aos salários de todos os servidores ativos, aposentados, pensionistas e comissionados. Também aplica-se aos salários do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais.
PARALISAÇÃO
A ditadura administrativa adotada pela atual gestão inibe os servidores de buscarem seus direitos. Fragilizados por assédio moral, ameaças e pelo terrorismo implantado pelas chefias, os servidores, mesmo com o contínuo achatamento de seus salários, ficam sem poder de reação. Entretanto, há uma grande parcela da categoria, que já manifestou sua insatisfaçãoo após a publicação do decreto que concedeu a revisão nos salários.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Marco Aurélio Gomes, a paralisação de um dia aprovada pela assembleia da categoria está mantida. “Essa repetida atitude do prefeito reafirma o desprezo que o Executivo dispensa aos servidores. O prefeito, com os seus ajudantes, implantou a pressão como forma de calar os servidores. Essa repetição de atitudes ofensivas à classe, que vem desde o início do atual governo, vem aumentando a revolta da classe e o Sintram vai manter a paralisação de um dia que a categoria aprovou na assembleia de fevereiro”, destacou Marco Aurélio Gomes.
O presidente do Sintram disse que vai convocar a paralisação e ao final da manifestação a categoria vai decidir quais as medidas deverão ser adotadas. “É certo que a maioria dos servidores não concorda com a revisão dada pelo Executivo. Vamos colocar essa questão em discussão e o que a categoria decidir será feito pelo sindicato”, finalizou o presidente.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram