O vice-presidente do Sintram, Wellington Silva, esteve ontem (23/11), na sede do Centro de Vigilância em Saúde Ambiente – Crevisa, para verificar as condições de trabalho e carências dos servidores do local. A visita foi motivada pelos ataques que o vereador Flávio Marra frequentemente direciona à equipe do setor. Marra destaca em seus discursos o custo da folha salarial do local e classifica os 24 servidores como “marajás”, e levanta sérias acusações de que não trabalham, não cumprem suas funções, irresponsáveis e assassinos. Cita que o Crevisa tem uma estrutura “fora do comum” e não funciona.
O vice-presidente, Wellington Silva, disse que a postura de Flávio Marra tem que ser combatida e o sindicato irá tomar as devidas providências. “Estamos observando o discurso do vereador sempre culpando e atacando os servidores, criticando e cobrando de forma desrespeitosa. É preciso que o ele entenda que o servidor não é o gestor. Se a máquina pública tem limitações e carece de investimentos, essa cobrança deve ser direcionada ao prefeito. Buscar investimentos, fazer o serviço público evoluir e crescer, isso é função do gestor. Mas o que vemos é um vereador que quer fazer palanque político em cima do serviço público, mas que na verdade não cobra a quem deve ser cobrado e tenta a todo o momento jogar a população contra os servidores e os serviços prestados pelo Crevisa, que desempenha suas funções dentro das limitações que a gestão municipal oferece”, declarou.
Crevisa
O Centro de Referência em Vigilância em Saúde Ambiental – Crevisa, por natureza, é o centro de Controle de zoonoses do município e oferece além da castração de animais, diversos serviços como: exames de Leishmaniose, vacinação contra a raiva, controle de Chagas e a execução do programa Vigi Água.
Embora estejam sendo realizadas pelo Crevisa, de acordo com o Decreto Nº 14560/21, desde o dia 01 de agosto de 2021, as ações de castração de animais, são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Políticas de Mobilidade Urbana e está em processo de transferência para esta secretaria.
O sindicato apurou também que com a terceirização da castração, o objetivo do Crevisa é reforçar as ações vinculadas à Vigilância Ambiental, já que a Secretaria de Meio Ambiente, que é responsável pelo cuidado com os animais, já fez o chamamento para credenciamento das clínicas. “O Sindicato sempre se posiciona contra a terceirização, mas fato é que a castração agora será executada pela pasta que é responsável pelo serviço, ou seja, o Meio Ambiente. Nossa defesa seria que o próprio município viabilizasse a execução do serviço por meio da pasta do Meio Ambiente. Se quer ampliar o número de castração, deve chamar os aprovados no concurso, é simples, falta vontade política por parte do prefeito e sobra palanque eleitoral, no caso do vereador Flávio Marra, que não cobra de quem de fato tem que ser cobrado e quer questionar inclusive licença médica e os vencimentos dos trabalhadores”, disse Wellington, alertando para os vários fracassos de terceirização no município como a UPA (escândalo de corrupção) e os auxiliares de serviços de empresa contratada da educação, que a Prefeitura teve que assumir as dívidas trabalhistas dos funcionários.
Uma nova visita será feita no local para ouvir todos os servidores e em sequência será solicitada reunião com a administração municipal.
O vice-presidente disse que a visita foi extremamente produtiva e irá acionar a Prefeitura sobre todas essas situações. “A postura do vereador de ir para tribuna e responsabilizar o servidor é uma atitude irresponsável. São ataques sérios, inclusive questionado licenças médicas, condutas profissionais e o sindicato buscará meios para que o vereador seja responsabilizado. E vamos cobrar também da administração melhorias para nossos servidores que hoje estão no Crevisa, mesmo com a retirada da castração para a Secretaria de Meio Ambiente com a terceirização, é preciso dar devidas condições para que os servidores executem o serviço de controle de zoonoses de forma eficiente e ampla, afinal essa é a função principal do órgão. E além disso, deve ser feitas campanhas de orientação à população relativo a função de cada órgão”, disse Wellington.
Reportagem: Flávia Brandão
Comunicação Sintram