Servidores municipais de Belo Horizonte rejeitam nova proposta salarial da Prefeitura e greve é mantida

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Em greve, servidores municipais de Belo Horizonte fazem manifestação em frente a Prefeitura da capital (Foto: Vanessa Alves/Sindbel)

Os servidores públicos municipais de Belo Horizonte deflagraram greve por tempo indeterminado, que começou nesta terça-feira (21). O movimento começou com uma manifestação em frente a Prefeitura da capital, que reuniu cerca de 500 servidores, segundo informou o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel). A proposta do prefeito Fuad Noman (PSD) é de uma revisão de 5,93%. A categoria apresentou três possibilidades de reajuste ao Executivo: aumento de 7,86% retroativo a primeiro de janeiro ou de 11,40% a partir de julho ou ainda de 13,93% em dezembro. O objetivo é garantir a recomposição inflacionária.

Como a prefeitura ofereceu inicialmente somente a revisão da inflação de 5,93%, ainda assim em duas parcelas com 2,50% a partir de agosto e 3,43% a partir de dezembro, a categoria decidiu pela paralisação, que começou nesta terça. Segundo o Sindbel, cerca de 50% dos servidores aderiram à greve. Para o presidente do sindicato, Israel Arimar, “a proposta da prefeitura, ainda mais dividida em duas parcelas, não garante a recomposição salarial de acordo com as perdas inflacionárias, o que significa a redução do poder de compra dos trabalhadores”.

Em função da greve, o Sindbel informou que todos os postos de saúde da capital ficaram fechados nesta terça. Além da saúde, servidores da educação também aderiram à greve e, segundo a prefeitura, 13 das 323 das escolas municipais paralisaram as atividades.

A prefeitura informou, por meio de nota, que “lamenta que as categorias ainda não tenham aceitado o reajuste apresentado, que reflete todos os esforços do Município para conceder reajuste referente à inflação de 2022, mesmo diante de um cenário desfavorável”. De acordo com a nota, “qualquer outra proposta extrapola as finanças municipais, o que pode comprometer o pagamento em dia do funcionalismo e a prestação de serviços à população”.

Nesta quarta-feira (22) a prefeitura da capital reformulou a proposta e segue concedendo o aumento de 5,93%, porém pago em uma única parcela, a partir de junho. Além disso, o Executivo se comprometeu a reabrir as negociações para novos reajustes, mesmo que parcelados, em outubro deste ano. A ideia é incluir reajustes referentes a 2024 que, por causa das eleições municipais, ficam proibidos a partir abril.

Em função da nova proposta da prefeitura, foi realizada uma assembleia dos servidores na manhã desta quarta-feira (22) na Praça da Estação. De acordo com o Sindbel a categoria rejeitou a nova proposta da Prefeitura e a greve vai continuar. O Sindbel informou, ainda, que já encaminhou ofício ao prefeito solicitando reunião para discutir a decisão dos servidores. Uma nova assembleia está marcada para a próxima sexta-feira.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 


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