
(Foto: Montagem/Sintram)
Apesar do esvaziamento da greve dos servidores municipais de Bambuí, que se intimidaram após decisão judicial que obrigou os professores a retornarem às salas de aula, a categoria continua mobilizada na tentativa de reverter a lei recém sancionada pelo prefeito Firmino Júnior (Podemos) que permite a terceirização em massa no serviço público da cidade. Com a Lei aprovada, o prefeito recebeu o aval da Câmara para acabar com 20 cargos do Plano de Carreira e repassá-los para terceirização através de organizações sociais.

Os servidores, com apoio de boa parte da população, continuam realizando manifestações públicas como aconteceu na noite desta segunda-feira (7) durante reunião ordinária da Câmara Municipal. Dezenas de servidores ocuparam o plenário e em sinal de protesto, um caixão foi colocado em frente à cadeira do presidente da Câmara, Luciano Cardoso, o Luciano da Creche (Republicanos). O presidente da Câmara vem agindo para blindar o prefeito Firmino Júnior e durante a greve impediu que os servidores se manifestassem através da Trib8una Livre da Câmara em três ocasiões.
No caixão colocado no plenário, os servidores sentenciaram: “Aqui jaz o Previbam”. A referência é ao Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de Bambuí, que já não consegue ter receita mensal no mesmo nível das despesas e somente nos primeiros quatro meses do ano fechou com um saldo negativo superior a R$ 74 milhões. A terceirização, conforme foi liberada pela Câmara, vai reduzir ainda mais a arrecadação do Instituo, que corre o risco de entrar em colapso em médio prazo.
Já o boneco de Chapolin Colorado foi uma sátira ao prefeito Firmino Júnior, que eventualmente se veste do personagem em vídeos bizarros para promover sua administração.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Marco Aurélio Gomes, a categoria permanecerá mobilizada. “Os servidores entenderam o real perigo para o serviço público, já que a Lei abre as torneiras da terceirização e a mobilização continua na luta para que essa lei seja revista. O Sindicato continuará dando todo apoio necessário à classe, como legítimo representante dos servidores públicos municipais da região”, destacou.
O Sintram aguarda o julgamento do mérito do dissídio coletivo ajuizado pelo prefeito de Bambui, Firmino Júnior. Por uma decisão liminar, sem ouvir a defesa, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), através do desembargador Carlos Levenhagen, determinou a volta dos professores ao trabalho, alegando tratar-se de “atividade essencial. O presidente do Sintram, Marco Aurélio Gomes, diz que aguarda a decisão para que a categoria possa decidir quais os próximos passos deverão adotados no momento contra a terceirização.
Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação