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Deputada autora do projeto de aumento dos deputados é filha do ex-presidente da  Cãmara Eduardo Cunha

A deputada Dani Cunha, autora do projeto que aumentou o número de deputados, e seu pai Eduardo Cunha (Foto: Reprodução)

O Congresso Nacional, mais uma vez jogando contra o povo brasileiro, aprovou duas medidas em 24 horas que são uma grande derrota para o trabalhador. Na Câmara, os deputados aprovaram ontem a proposta do governo que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O aumento desse imposto permitiria ao governo isentar da cobrança de imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil. Hoje, o trabalhador que ganha até R$ 3,3 mil recolhe 7,5% em Imposto de Renda.

O aumento do IOF, que seria para compensar as perdas com a isenção para quem ganha até R$ 5 mil, atingiria empresas e quem tem muito dinheiro na conta. O Congresso, para proteger os milionários, derrubou o aumento do IOF que garantiria o aumento de receita para o governo isentar os mais pobres do Imposto de Renda.

DESPESA DE MAIS DE 64 MILHÕES

Enquanto a Câmara derrubou receita do govenro, no Senado, senadores aprovaram aumento de despesas. O Senado Federal deu sinal verde a uma proposta que eleva de 513 para 531 o número de deputados federais, em uma decisão que pode representar um custo de, pelo menos, de 95 milhões de reais por ano aos cofres públicos. O projeto que aumenta o número de deputados é da deputada Dani Cunha (União-RJ). O projeto de lei complementar foi aprovado com 41 votos favoráveis contra 33 contrários. O proposta que aumenta o número de deputados é da deputada Dani Cunha (União-RJ).

A deputada Dani Cunha é filha do ex-deputado e presidente da Câmara Eduardo Cunha, preso preventivamente pela Polícia Federal na Operação Lava Jato em outubro de 2016, e em março de 2017 foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As condenações do deputado foram suspensas posteriormente e ele foi posto em liberdade, porém continua respondendo a ações penais no STF.

Só na Câmara dos Deputados, a criação das 18 novas vagas representa um gasto adicional estimado em R$ 64,6 milhões por ano, de acordo com a Direção-Geral da própria Casa. Atualmente, um parlamentar federal custa, em média, R$ 3,6 milhões por ano, levando em conta salário bruto, auxílio-moradia, cota parlamentar e verba de gabinete para até 25 assessores.

No caso de um deputado mineiro, por exemplo, o valor mensal da cota parlamentar é de R$ 41.886,51, valor calculado com base no preço das passagens aéreas entre Brasília e Belo Horizonte. A isso se somam o salário bruto de R$ 46.366,19, o auxílio-moradia de R$ 4.253,00 e a verba de gabinete, padronizada em R$ 133.170,54 por mês. O custo anual de um deputado por Minas pode chegar a R$ 2,7 milhões.

Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação
Com Agências


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