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(Foto: Reprodução/Instagram)
A cidade de Itapecerica vive um início de ano carregado de dúvidas sobre a situação financeira da Prefeitura da cidade. Um relatório publicado pela administração nesta terça-feira (3) mostra o tamanho do problema que o novo prefeito tem pela frente. O documento foi produzido pela ADPM – Administração Pública Para Municípios, empresa especializada em prestação de serviços de assessoria contábil a órgãos públicos.
O relatório produzido pela ADPM mostra a situação financeira do município até o dia 31 de dezembro de 2024 e indica que o ex-prefeito Wirley Reis, o Têko, deixou a Prefeitura de cofres vazios e uma dívida flutuante que o município não tem capacidade de honrar em curto prazo. Segundo o relatório, a dívida flutuante da Prefeitura está em R$ 8,5 milhões (R$ 8.555.325,20) enquanto o ex-prefeito deixou apenas R$ 48,5 mil (R$ 48.524,57) no caixa. A dívida flutuante da Prefeitura, que deve ser paga imediatamente, representa 8,64% do orçamento do município esse ano, que é de R$ 98,3 milhões.
O relatório revela ainda que R$ 4,1 milhões são dívidas com fornecedores, obras e encargos trabalhistas. Mais R$ 2 milhões em dívidas com precatórios vencidos e previdenciária. E outros R$ 2,3 milhões são débitos de “compensação previdenciária indevida junto ao INSS”.
EMERGÊNCIA
Diante desse cenário, o prefeito Gleyton Pereira, o Gleytinho do Valério (PP), imediatamente após a sua posse, assinou o decreto estabelecendo emergência administrativa para garantir a continuidade da prestação de serviços essenciais, como saúde, educação, saneamento básico, limpeza urbana e manutenção da cidade. A medida vale por 90 dias e foi adotada, principalmente, para garantir mão de obra, já que no dia 31 de dezembro venceram os contratos dos prestadores de serviços de segurança, limpeza urbana, educação e saúde.
O decreto da situação de emergência administrativa possibilita a renovação desses contratos ou novos contratos temporários de trabalho de prestação de serviços com dispensa de licitação. Uma das preocupações é garantir a limpeza urbana que já estava afetada. O decreto de situação de emergência priorizou a regularização da coleta de lixo, saúde, educação, transporte e segurança pública.
Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação