O primeiro ato assinado pelo novo secretário municipal de Saúde de Divinópolis, nomeado interinamente na sexta-feira passada, Carlos Bruno Guimarães Carvalho, foi a portaria 155, que restringe os atendimentos nas unidades básicas de saúde. A portaria, publicada na edição desta segunda-feira (21) no Diário Oficial dos Municípios, porém com efeitos retroativos ao dia 18, informa que a medida foi adotada “considerando que o número de casos suspeitos para COVID-19 está em crescimento e que isso vem acarretando sobrecarga de trabalho para as equipes nas unidades básicas de saúde”.
De acordo com a portaria, “fica definido, temporariamente, que os atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde se restrinjam aos grupos de risco e atendimentos inadiáveis, com agenda programada, dando intervalo entre um procedimento e outro e livre demanda”. A portaria informa a relação dos casos que serão atendidos pelas unidades:
- Gestantes, puérperas, recém-nascidos, crianças menores de u, ano, crianças portadoras de morbidade, hipertensos, diabéticos, renais crônicos, cardiopatas, idosos com comorbidades, curativos, teste rápido HIV, Hep C e B, Sífilis, teste rápido para covid-19, PCR covid-19, vacinas e síndrome gripal.
Segundo a portaria, as determinações são provisórias e poderão sofrer modificações de acordo com o quadro epidemiológico do Município a qualquer momento.
SINTRAM
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) faz um veemente apelo ao governo municipal para que sejam adotadas todas as medidas protetivas aos profissionais de saúde. A presidente Luciana Santos voltou a lembrar que sem o incansável trabalho dos profissionais da linha de frente corre-se o sério risco da situação fugir ainda mais do controle. “Nosso apelo ao bom senso do novo secretário de saúde, que é servidor de carreira, para que cuide dos nossos profissionais de saúde. Eles estão enfrentando um inimigo invisível, que pode chegar de onde menos se espera. Cuidar desses profissionais é cuidar de suas famílias e evitar ainda mais a propagação da doença. Que o nosso secretário e o prefeito sejam sensíveis a esse momento que é o mais grave desde o início da pandemia e não deixem nossos guerreiros servidores da saúde sem todas as medidas possíveis de segurança”, disse a presidente do Sintram, Luciana Santos.
O vice-presidente, Wellington Silva, lembrou que no início da pandemia foi necessário recorrer ao Ministério Público para que o governo municipal oferecesse as mínimas condições de trabalho aos servidores. “Todos se lembram que no início da pandemia tivemos que buscar ajuda no MP diante da falta de equipamentos de proteção individual, condições higiênicas inadequadas e até falta de álcool gel. Agora, no momento em que vivemos essa situação que nos parece próxima à calamidade, o governo municipal tem a obrigação de garantir que todos os servidores trabalhem protegidos. Esperamos que isso ocorra sem a necessidade de conflitos, pois o momento agora é de buscar o entendimento para que o município tenha condições de sair de mais essa crise”, afirmou o vice-presidente.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram