A Secretaria Municipal de Saúde de Divinópolis (Semusa) desmentiu um possível caso suspeito de coronavírus na cidade. O paciente sob suspeita deu entrada na UPA 24h nesta quinta-feira (27). A Semusa informou tratar de um paciente do sexo masculino, mas não informou outros dados a respeito do paciente.
De acordo com a Diretoria de Comunicação da Prefeitura o paciente participou recentemente de um cruzeiro pela América do Sul. Ele não é de Divinópolis e estava na cidade a passeio.
De acordo com o Portal Gerais o paciente deu entrada na UPA com sintomas de vômito e diarreia, mas já foi liberado, porém será acompanhado pela Vigilância em Saúde até que a suspeita de coronavírus seja descartada definitivamente. A informação foi confirmada pela prefeitura, nesta sexta-feira (28).
Segundo a nota encaminhada à imprensa, Divinópolis foi o primeiro município do interior de Minas Gerais a adotar o protocolo de atendimento para casos relacionados à doença. Segundo a nota, “todos os registros que possam ter alguma relação com a enfermidade, obrigatoriamente, obedecem regras de atendimento e acompanhamento. Por isso a necessidade de, no primeiro momento, o isolamento conforme preconiza o plano municipal de contingência”.
Especificamente sobre o caso registrado na UPA, a Prefeitura informou que a paciente apresentava quadro de enjôo e diarreia. A relação com o coronavirus se deu pelo fato dela ter participado recentemente de um cruzeiro marítimo. Porém, não ha nenhum registro de casos entre os passageiros dessa viagem. Ela foi atendida e amostras foram colhidas para exames. Em seguida foi liberada e a vigilância acompanhará o caso até o descarte definitivo.
BRASIL
Após cerca de 24 horas da confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, o número de pessoas oficialmente tratadas como suspeitas de ter o vírus no país é de 132, segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo. Na última sexta-feira (21), era apenas um caso.
O Ministério da Saúde recebeu as notificações dos estados até ontem a tarde, mas não analisou todos. “Esse número não é definitivo. É muito maior que 132. Ficamos com 213 notificações ainda não analisadas. Elas podem ser todas consideradas suspeitas ou apenas uma parte, mas dá para a gente avaliar que, na verdade, temos perto de 300 casos suspeitos”, disse Gabbardo.
Segundo o secretário, esse aumento se explica em virtude do aumento do número de países com fluxo migratório intenso com o Brasil, e que têm pessoas com o vírus. Um exemplo é o primeiro caso confirmado no Brasil. O homem de 61 anos não esteve na China, que concentra a maioria dos casos no mundo, e sim na Itália. Após a confirmação desse caso, pessoas com histórico de viagem à Itália, à França e à Alemanha e que apresentem febre somada a um sintoma respiratório também são tratadas como suspeitas de ter o coronavírus.
CRITÉRIOS
O ministério tem usado como critérios de determinação de casos suspeitos: ter viajado para um dos 16 países da Ásia, Europa e Oriente Médio com casos da doença; não ter viajado, mas ter tido contato com esses viajantes ou ter tido contato com o caso confirmado no Brasil. Em todas as hipóteses, a pessoa é considerada como um caso suspeito se apresentar febre somada a um sintoma respiratório.
Os 16 países considerados na definição de casos suspeitos são: Austrália, China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Singapura, Tailândia, Itália, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes Unidos.
O secretário-executivo do ministério reforçou ainda a importância das medidas de prevenção para reduzir os riscos de contaminação da doença. A lavagem constante das mãos e evitar levá-las ao rosto e, principalmente, à boca; o uso de álcool em gel para esterilização das mãos e o não compartilhamento de utensílios de uso pessoal, como talheres, copos e travesseiros, entre outros.
Com informações do Portal Gerais e Agência Brasil