Secretaria de Saúde de Minas Gerais determina suspensão de cirurgias eletivas na região Macrorregião Oeste

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Baseando-se nas análises técnicas de indicadores assistenciais e epidemiológicos, o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES-MG), órgão técnico consultivo da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), recomendou a suspensão de cirurgias eletivas não essenciais das redes pública estadual e privada contratada ou conveniada com o Sistema Único de Saúde em 14 macrorregiões, entre elas a Região Oeste, onde está Divinópolis e o maior hospital de atendimento pelo SUS na região.

A recomendação não se aplica a cirurgias e procedimentos cirúrgicos em paciente cardíaco ou oncológico de maior gravidade, cujo médico especialista tenha atestado que o atraso da cirurgia ou procedimento cirúrgico poderá levar o paciente a óbito.

“Cada umas das 14 macrorregiões de saúde do estado é monitorada diariamente, sendo analisadas suas características particulares, assim podemos indicar a suspensão naquelas em que os indicadores sugerem maior demanda por assistência à saúde, explica a subsecretária de Vigilância em Saúde da SES-MG, Janaína Passos. Segundo ela, é importante que a orientação seja seguida por gestores municipais e hospitalares, uma vez que se trata de uma das ações de enfrentamento à pandemia, do Governo de Minas Gerais, que vem contribuindo para que nenhuma vida seja perdida para a covid-19, em função de desassistência.

Os indicadores selecionados para a avaliação do risco de funcionamento das cirurgias eletivas são agrupados em quatro eixos: Cobertura de Medicamentos, Incidência, Capacidade de Atendimento e Velocidade de Avanço da Doença. A primeira etapa de cálculo avalia os estoques de medicamentos sedativos, analgésicos e bloqueadores neuromusculares, com o objetivo de identificar a existência de situações críticas. A periodicidade de avaliação desse indicador é quinzenal.

A primeira etapa de cálculo avalia os estoques de medicamentos sedativos, analgésicos e bloqueadores neuromusculares, com o objetivo de identificar a existência de situações críticas. A periodicidade de avaliação desse indicador é quinzenal. Caso seja identificada situação crítica nos estoques de qualquer um dos clusters será recomendada a suspensão das cirurgias eletivas na macrorregião, independentemente do seu Grau de Risco.

A segunda etapa de cálculo atribui uma pontuação ao Grau de Risco. A partir destes balizadores deverá ser realizada a tomada de decisão por parte do comitê de crise e pelo COES sobre a suspenção de cirurgias eletivas.

Dados de saúde como taxa de mortalidade, informações sobre fornecimento de medicamentos pelo Ministério da Saúde, disponibilidade de medicamentos pela indústria farmacêutica, tempo de atendimento a solicitações de internação, prospecções do número de casos, ocorrência de surtos, ocupação de leitos gerais, também devem ser considerados.

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Fonte: SES/MG

 


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