(37) 3216-8484  Avenida Getúlio Vargas 21 Centro, Divinópolis - MG

Semusa diz que Divinópolis é referência regional no atendimento de Saúde Mental

Divinópolis poderá terceirizar os serviços de atendimento psicossocial do município. Essa possibilidade não é afastada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semusa). O assunto teve repercussão entre os servidores nas últimas semanas após uma visita técnica feita ao Centro de Atenção Psicossocial III (antigo Sersam) por uma equipe do Consócio Intermunicipal de Saúde de Urgência Oeste (CIS-URG Oeste). A visita foi acompanhada pela secretária municipal de Saúde, Sheila Salvino, e pelo Diretor de Saúde Mental, André Antônio da Silva. Pelo CIS-URG, participaram da visita representantes do Samu e da UPA Padre Roberto, dois serviços de saúde no município que já são administrados pelo Consórcio.

A assessoria de imprensa do Consórcio informou que a visita foi “para conhecer o serviço e integrar as ações para atendimento de urgência dos pacientes da saúde mental”. Já a Semusa deixou no ar a possibilidade de terceirização do serviço. A Secretaria disse que “não há qualquer definição ou confirmação sobre a terceirização do Serviço de Saúde Mental do município”. Disse ainda que “no momento, estão sendo realizados estudos técnicos voltados à qualificação e ao aprimoramento dos serviços de saúde, com foco na ampliação do acesso, melhoria da qualidade do atendimento e otimização dos recursos disponíveis”.

A ESTRUTURA

O serviço de saúde mental em Divinópolis é gerido pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), estrutura por meio da qual a Semusa organiza os serviços para atendimento da população. Segundo a secretaria, o sistema interliga diferentes pontos de cuidado dentro do SUS. Afirma, ainda, que “o município consolidou-se como referência regional na área”.

Dentro da estrutura de atendimento à população, está o CAPS III – Centro de Atenção Psicossocial, antigo Sersam, especializado no atendimento de casos mais graves de sofrimento psíquico. A unidade recebe pacientes em crise e em situações agudas de transtornos mentais. A equipe é formada por médicos psiquiatras, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos em enfermagem, assistentes sociais e psicólogos.

Segundo a Semusa, o CAPS III oferece leitos, dormitórios, sala de arte, refeitório, vestiários e área verde. Desde sua fundação com o nome de Sersam, em 1997, o centro já atendeu aproximadamente 28 mil pessoas.

O CAPS AD atende especificamente a adultos com dependência de drogas. Segundo a Semusa, o serviço oferece suporte ao processo de reintegração social por meio de alimentação, oficinas, dinâmicas, atividades em grupo e atendimentos ao indivíduo e à família. A equipe, formada por médicos clínico e psiquiatra, terapeuta ocupacional, enfermeiros, técnicos em enfermagem, assistentes sociais e psicólogos, realiza atendimentos em tempo integral, todos os dias da semana.

O CAPS I recebe crianças e adolescentes com demandas em saúde mental. O local oferece serviços como fornecimento de medicação, atendimento psicológico, oficinas terapêuticas, projetos culturais e artísticos, além de alimentação. A equipe conta com médico clínico e psiquiatra, pediatra com formação em saúde mental, assistente social, psicólogo, enfermeiro, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e técnico em enfermagem.

Já o Centro de Convivência trabalha na prevenção e à manutenção da saúde mental. Aberto a toda a comunidade, o serviço inicia com uma triagem para identificar possíveis encaminhamentos e, posteriormente, insere o cidadão em atividades de convivência social.

A Semusa não informou esse dado, porém mais de 150 servidores municipais estão lotados na área do serviço psicossocial do município. Uma possível terceirização traria mudanças significativas na vida funcional desses servidores. “Oficialmente nós não temos nada a respeito. Não há processo licitatório aberto para esse fim, já que uma terceirização depende da livre concorrência. Estamos acompanhando o caso, já que os servidores não aceitam essa terceirização. Estamos atentos, porém, nesse momento, embora a Semusa deixe a questão em aberto, não há nada oficial”, declara o presidente do Sintram, Marco Aurélio Gomes,

Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *