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Essa é a imagem interna do abrigo onde a vice-prefeita Janete Aparecida está abrigada; a imagem mostra prefeitos brasileiros que também estão em israel e no alto da parede as sirenes de alerta (Imagem: Instagram do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena)

Última imagem enviada de Israel pela vice-prefeita em um abrigo de Israel (Foto: Reprodução/Instagram)

A vice-prefeita de Divinópolis, Janete Aparecida da Silva (Avante), e mais um grupo de 25 brasileiros que participavam do Mini Tour 2025, evento na cidade de KfarSaba, em Israel, foram obrigados a refugiarem-se em um abrigo antiaéreo após a resposta do Irã aos ataques que sofreu de Israel. Os 25 brasileiros estão em um único abrigo e são prefeitos, vices e outras autoridades municipais brasileiras que participavam do evento em Israel.

Segundo relatos da vice-prefeita, as 2h55 da madrugada (horário local) 22h55 no horário de Brasília, as sirenes começaram a tocar, anunciando um ataque aéreo sobre a cidade. “Fomos avisados que podemos ser atacados a qualquer momento por mísseis do Irã, mas está tudo bem, estamos no abrigo, estamos em contato com a Embaixada, mas infelizmente o espaço aéreo está fechado e a gente não pode retornar imediatamente”, contou Janete.

Ela disse ainda que todas as companhias aéreas suspenderam os vôos. No início da manhã em Israel, início da madrugada no Brasil, Janete Aparecida postou novo vídeo em sua rede social. Contou que todos haviam tomado café e estavam seguros no abrigo. “Estamos todos bem”, relatou.

PREFEITURA

Em nota divulgada no início da manhã desta sexta-feira (13) a Prefeitura de Divinópolis informou que, durante a madrugada, a vice-prefeita Janete Aparecida, foi surpreendida pelo acionamento das sirenes de emergência e por um alerta no celular, que orientava a evacuação imediata do quarto em direção a um abrigo de proteção do Iternational Institute of Leadership contra possíveis ataques.

A Prefeitura disse que Janete Aparecida está em missão institucional e integra uma comitiva de autoridades brasileiras que participa de um programa de aperfeiçoamento em estudos sobre tecnologia, gestão de crises e resiliência, em instituto israelense de especialização em nível de pós-graduação.

Segundo relatos da vice-prefeita, foram momentos de grande tensão, em que todos seguiram rigorosamente os protocolos de segurança estabelecidos pelo Exército de Israel.

Embora o espaço aéreo do país esteja temporariamente fechado, os serviços de internet e televisão continuam funcionando. Toda a delegação brasileira está bem, mantendo a calma e a cautela diante da situação.

Janete Aparecida informou ainda que conseguiu contato com seus familiares e publicou um vídeo em seu perfil no Instagram para tranquilizar a população. Ela afirmou que está bem, confiando em Deus, e continuará informando sobre o andamento da missão.

O Itamaray não informou o número de brasileiros residentes e em viagem a Israel. Também ainda não há informações sobre a possibilidade de o governo brasileiro repatriar os cidadãos que se encontram em Israel.

O Irã realizou na madrugada desta sexta-feira pelo horário local um ataque com 100 drones sobre Israel. A ofensiva foi em resposta ao ataque de Israel sobre o Irã, que começou nesta quinta-feira. A resposta do Irã recebeu apoio da China e da Rússia. França e Estados Unidos apoiam Israel.

O BRASIL

O governo brasileiro, por meio de nota publicada nesta sexta-feira (13), condenou os ataques de Israel contra instalações nucleares e fábricas de mísseis do Irã, que mataram altos oficiais militares e cientistas do país persa.

“O governo brasileiro expressa firme condenação e acompanha com forte preocupação a ofensiva aérea israelense lançada na última madrugada contra o Irã, em clara violação à soberania desse país e ao direito internacional”, diz nota do Ministério das Relações Exteriores.

O Itamaraty acrescentou que os ataques ameaçam mergulhar toda a região em um conflito de ampla dimensão, “com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial. O Brasil insta todas as partes envolvidas ao exercício da máxima contenção e exorta ao fim imediato das hostilidades”.

O chefe supremo da República do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, prometeu nesta sexta-feira (13) responder aos ataques de Israel. Segundo as autoridades israelenses, o Irã já retaliou o país com ataque de drones, mas Teerã nega.

Israel atacou o Irã alegando que o país está construindo bombas atômicas, que poderiam ser usadas contra Tel-Aviv. O Irã nega e sustenta que usa tecnologia atômica apenas para fins pacíficos, como a produção de energia.

O Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP), mas a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) teria apresentado objeções aos compromissos de Teerã com a organização.

A autoridade nuclear do Irã nega que tenha violado compromissos com a AIEA e diz que a Agência realiza uma campanha “politicamente motivada” e guiada por Grã-Bretanha, França, Alemanha e Estados Unidos (EUA), sob influência de Israel.

Já Israel é um dos poucos países do mundo que não assinou o tratado. Os Estados Unidos (EUA) vinham pressionando Irã para reduzir o alcance do seu programa nuclear. O presidente Donald Trump elogiou os ataques de Israel contra Teerã e pediu para o país aceitar o acordo sobre a questão nuclear.

PUNIÇÃO SEVERA

O chefe supremo da República do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, prometeu nesta sexta-feira (13) responder aos ataques de Israel que vitimaram altos comandantes militares e cientistas do país, além de danificarem instalações nucleares e fábricas de mísseis.

“O regime sionista cometeu um crime em nosso querido país hoje ao amanhecer, com suas mãos satânicas e ensanguentadas. Revelou sua natureza maliciosa ainda mais do que antes, ao atacar áreas residenciais. O regime sionista deve se preparar para uma punição severa”, escreveu Khamenei.

Israel informou que o Irã já retaliou o país com drones, mas Teerã nega. As autoridades iranianas dizem que a resposta ainda virá, e Khamenei afirma que “as Forças Armadas do país não deixarão Israel impune”.

“Nos ataques inimigos, vários comandantes e cientistas foram martirizados. Se Deus quiser, seus sucessores e colegas continuarão com suas funções sem demora. Com esse crime, o regime sionista preparou para si um destino amargo e doloroso, que certamente verá”, concluiu Khamenei.

No cargo desde 1989, o aiatolá Ali Khamenei lidera a república islâmica que mistura teocracia com instituições republicanas, com eleições periódicas e conselho de religiosos. 

Entre os altos militares mortos pelos ataques israelenses, estão o Comandante em Chefe da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami; o comandante do Quartel-General Central de Khatam al-Anbiya, o tenente-general Gholamali Rashid, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do país, Mohammad Hossein Bagheri, que já foram substituídos por novos comandantes militares.

As Forças Armadas do Irã informaram que “não há limites para responder a agressão de Israel”. “O Estado-Maior das Forças Armadas do Irã sublinhou que vingar o sangue dos mártires desta agressão é uma missão que as Forças Armadas colocaram em sua agenda e não descansarão até que seja cumprida”, informou a agência de notícias do Irã, a Fars News.

Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação
Com Agências


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