Renúncia de candidatos a vereador reduz concorrência a uma vaga na Câmara Municipal de Divinópolis

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Candidatos do PRD concorrem sub judice

Divinópolis terá 14,5 candidatos por vaga na Câmara Municipal (Foto: Jotha Lee/Sintram)

O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE) divulgou um novo número de pedidos de registros de candidatos  à uma vaga na Câmara Municipal de Divinópolis. Inicialmente o Tribunal havia anunciado 251 concorrentes. Nesta terça-feira (1º/10), a cinco dias do pleito, o Tribunal aumentou para 252. Entretanto, os eleitores terão apenas 248 candidatos aptos, já que o TRE oficializou a renúncia de quatro concorrentes.

Alvimar, Ju Protetora, Luciana e Mari: renúncia (Fotos: TRE)

Os candidatos Alvimar Guimarães (Avante) e Mari Silva (PRD) foram os primeiros a renunciar à corrida eleitoral e não terão os seus nomes nas urnas. Já Juliana Nunes, a Ju Protetora (PRD) e Luciana Miranda (Republicanos) terão seus nomes nas urnas, mas não poderão receber votos. As duas candidatas renunciaram após o fechamento das urnas, quando seus nomes já estavam incluídos para votação. A renúncia das duas candidatas só foi oficializada no início dessa semana pela Justiça Eleitoral. 

PRD

Dois candidatos que renunciaram ao mandato pertencem ao PRD. Assim, cai de 18 para 16 o número de concorrentes pelo partido a uma vaga na Câmara. Outra situação que envolve o PRD é a disputa da eleição sub judice. Há uma acirrada briga judicial entre a Comissão Provisória Municipal e o Diretório Estadual da legenda, com recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Embora os candidatos do partido em Divinópolis estejam aptos para disputar a eleição, o PRD pode ganhar no voto, mas ficará na dependência dos tribunais.

ENTENDA

A Comissão Provisória Municipal do partido foi destituída pelo Diretório Estadual. A decisão foi derrubada por um mandado de segurança, porém a direção estadual recorreu. Como o agravo ainda não foi analisado, o PRD de Divinópolis deve chegar a eleição do próximo domingo com o registro deferido, porém sub judice. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a candidatura sub judice é aquela cuja validade está condicionada ao julgamento de um processo. Portanto, garante-se ao candidato o direito de concorrer às eleições, mas com expresso aviso de que sua candidatura poderá ser invalidada. Assim, a validade dos votos dados aos candidatos e ao partido fica condicionada ao deferimento de seu registro por instância superior. Sem o julgamento do recurso, os votos serão anulados sub judice e, caso eleito, o candidato do PRD não poderá assumir o cargo, até que haja a sentença transitado em julgado.

GALILEU

Aos 92 anos, completados no dia 7 de julho, o ex-prefeito Galileu Machado deixou o MDB para filiar-se ao PRD. A saída de Galileu e de outros políticos que ao longo dos anos conseguiram cargos através da legenda, foi motivada pela derrocada do MDB municipal. Sem uma liderança capaz de comandar a legenda com o maior número de filiados em Divinópolis e com representantes desleais na Câmara, o MDB Municipal foi aniquilado.

O atual vereador e candidato a vice-prefeito, Ademir Silva, deixou o MDB para filiar-se ao PSDB. Candidato à reeleição, o vereador Hilton de Aguiar, eleito pelo MDB, pulou para o Agir, nesse caso por conveniência política, já que se viu obrigado a aliar-se ao prefeito Gleidson Azevedo (Novo). O ex-vereador Adair Otaviano, que esse ano está novamente disputando uma vaga na Câmara, deixou o MDB para filiar-se à Rede. O MDB não apresentou nenhum candidato a vereador.

Galileu Machado mudou de partido para fugir de uma legenda agonizante porém poderá ser eleito, mas diante da situação do PDR, ficará pendente do julgamento de um recurso envolvendo uma briga interna do partido. Mesma situação do vereador Flávio Marra, que poderá sair vitorioso nas urnas, mas derrotado no Tribunal.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram


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