
O caso envolvendo o primo de Nikolas Ferreira também veio à tona durante a discussão entre os vereadores. No mês passado, Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes foi preso em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 30 quilos de maconha durante operação da Polícia Federal. A droga estava no veículo que o parente do deputado conduzia.
A Reunião da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) desta quarta-feira (4) foi marcada por embates entre a deputada Bella Gonçalves (Psol) e o deputado Bruno Engler (PL). A parlamentar usou o tempo como oradora para criticar a postura de parlamentares de partidos de direita em relação à prisão por tráfico de drogas do primo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), além de outros episódios de apreensão de entorpecentes em aviões ligados a políticos da mesma ideologia.
No mês passado, Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes, primo de Nikolas, foi preso em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 30 quilos de maconha durante operação da Polícia Federal. A droga estava no veículo que o parente do deputado conduzia e seria levada para Nova Serrana. Glaycon é filho de Enéas Fernandes, candidato a Prefeito derrotado nas eleições municipais do ano passado. Nikolas Ferreira fez um grande esforço para eleger o tio e despejou um caminhão de emendas parlamentares no município no ano passado, mas isso não foi suficiente para eleger Enéas.
Durante o embate na Assembleia, Bruno Engler, candidato derrotado a prefeito em Belo Horizonte, defendeu Nikolas Ferreira, ao argumentar que ninguém consegue saber tudo o que algum parente está fazendo. Ele também lembrou que o deputado federal se pronunciou e defendeu cadeia para quem for preso com drogas.
Também foi tema do embate entre os dois parlamentares a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 26/23, que tem Bruno Engler como primeiro signatário. A proposição, que aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça, inclui na lista de direitos e garantias fundamentais os seguintes direitos para o nascituro: o direito à vida, à identidade genética, ao alimento durante a gravidez, à proteção da imagem e da honra e do direito de ter seus batimentos cardíacos ouvidos por sua mãe.
Na opinião de Bella Gonçalves, a PEC é inconstitucional e enfraquece o aborto legal e seguro e protege o estuprador, ao penalizar mais uma vez a vítima. Bruno Engler rebateu que a ideia é garantir direitos ao bebê que ainda não nasceu. O deputado Betão (PT) complementou a fala da deputada, considerando hipocrisia o autor de um projeto com tal objetivo apoiar Israel, que já matou 25 mil crianças palestinas na Faixa de Gaza.
Com informações da ALMG