Print Júnior contra-ataca, cobra interrogatório presencial do prefeito e diz que família Azevedo está desesperada

Compartilhe essa reportagem:

 

O vereador afastado Eduardo Print Júnior (PSDB), acusado de envolvimento em um esquema de propina na Câmara para aprovação de projetos de mudança no zoneamento urbano, resolveu contra-atacar após as audiências da Comissão Processante da Câmara que ouviu empresários e vereadores. O processo analisa o pedido de cassação dos mandatos de Print Júnior e Rodrigo Kaboja (PSD), também envolvido no esquema de propinas, segundo conclusão de inquérito do Ministério Público de Minas Gerais.

Nas duas últimas semanas, a Comissão Processante da Câmara ouviu quatro empresários e cinco vereadores convocados como testemunhas no processo de cassação dos mandatos. A Comissão, no entanto, foi benevolente com o prefeito  Gleidson  Azevedo (Novo), autor do denúncia no Ministério Público que culminou com o afastamento dos dois vereadores. Convocado como testemunha pela Comissão Processante, o prefeito se negou a comparecer pessoalmente e foi autorizado pelos vereadores Ney Burger e José Braz a conceder o depoimento por escrito, contrariando orientações da própria Procuradoria da Câmara.

CONTRA-ATAQUE

Os quatro empresários ouvidos pela Comissão Processante confirmaram o pagamento de propina a Rodrigo Kaboja, porém nenhum deles disse ter repassado dinheiro diretamente a Eduardo Print Júnior. Dois empresários informaram que parte do dinheiro cobrado em propina pela aprovação de projeto foi deixada no auto-posto de combustível pertencente a Eduardo Print Júnior, mas, jamais foi entregue nas mãos do vereador.

Após os depoimentos, em suas redes sociais, Eduardo Print Júnior disse que a denúncia feita por Gleidson Azevedo foi retaliação política por sua atuação na CPI da Educação, que embora tenha acabado em pizza, descobriu um superfaturamento de quase R$ 10 milhões em compras efetuadas pela Secretaria Municipal de Educação (Semed). Print Júnior também afirma que a manifestação de sua pré-candidatura a prefeito nas eleições desse ano.

“A família Azevedo se desesperou ao assistir as oitivas do Legislativo nos últimos dias, ao ver que, os mesmos empresários (uns grampeados), e até mesmo alguns vereadores da Casa – Ana Paula do Quintino, Hilton de Aguiar, Israel da Farmácia, Flávio Marra e Rodyson do Zé Milton, negaram à Comissão Processante terem tido qualquer contato, solicitarem ou pagado propina ao ex presidente da Câmara”, disse o vereador através da rede social Instagram.

“Oito empresários e cinco vereadores negaram contato, negaram negociata e negaram terem me pagado qualquer quantia nesse caso que eu fui envolvido! Com a verdade vindo à tona, eu pergunto a população de Divinópolis: Tem cabimento pedirem a minha cassação?”, questionou Print Júnior.

“E mais ainda. Por que o autor dessa denúncia caluniosa, autoproclamado melhor prefeito do Brasil, não quer ir à Câmara e testemunhar a respeito dessa acusação, agora que os empresários e os parlamentares negaram minha participação? A quem interessa acobertar a mentira e acusar um homem inocente e tentar destruir sua vida pessoal e política ?”, acrescentou.

O vereador insinuou que as acusações contra ele foram motivadas por questões políticas e pelos acordos de colaboração com a Justiça para outros vereadores escaparem das denúncias formalizadas pelo MP. “Motivações políticas, por trás das famigeradas delações premiadas e acordos de não persecução penal, que ficaram infamemente conhecidas no Brasil durante a Operação Lavajato”, concluiu Print Júnior.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 

 

 


Compartilhe essa reportagem: