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Com R$ 50 milhões em empréstimos engatilhados para construção da ponte sobre o Rio Itapecerica ligando os bairros Maria Peçanha e Realengo e mais R$ 20 milhões já solicitados à Câmara para obras de recuperação da cidade após os eventos climáticos ocorridos em janeiro, a Prefeitura de Divinópolis decidiu prestar contas sobre a aplicação de R$ 70 milhões pagos pela Copasa no ano passado.
O dinheiro, que a Prefeitura mascara como “indenização”, foi pagamento efetuado pela companhia para levar, sem licitação, o abastecimento de água de 23 comunidades rurais, que a partir desse ano passam a pagar a tarifa normal cobrada pela Copasa.
Os R$ 70 milhões, pagos no ano passado, não entraram como receita corrente no orçamento desse ano. Até então a Prefeitura não havia feito nenhuma prestação de contas sobre o uso do recurso, a não ser os vídeos cirandeiros do prefeito Gleidson Azevedo (Novo) para se vangloriar de ter “conseguido” uma indenização da Copasa de R$ 70 milhões para justificar a permanência da companhia na cidade, que ele havia prometido banir do município. A chamada “indenização” vai custar caro aos moradores de 23 comunidades rurais, que passarão a pagar a tarifa normal pelo consumo de água.
Em reportagem publicada essa semana, o Portal do Sintram questionou: onde estão os R$ 70 milhões pagos pela Copasa? Nesta quinta-feira (6), um dia após veiculação da reportagem, a Prefeitura divulgou nota detalhando como aplicará os R$ 70 milhões.
– R$ 9 milhões – investimentos em estradas rurais, incluindo o calçamento do Morro Vermelho e a recuperação de pontes, mata-burros e travessias.
– R$ 13 milhões – pavimentações poliédricas em bairros como São Bento, Candidés e Jardinópolis.
– R$ 13 milhões – pavimentação e recapeamento asfáltico em ruas como Barcelona e Amazonas.
– R$ 5 milhões – recuperação na área central, incluindo arborização, recuperação de calçadas, acessibilidade e sinalização.
– R$ 8 milhões – construção de uma unidade escolar modular no bairro Frei Galvão.
– R$ 5 milhões – construção de quadras escolares e complexos esportivos.
– R$ 5 milhões – construção de um Centro de Referência em Atendimento Inclusivo.
– R$ 5 milhões – contrapartidas para a construção de diversas Unidades de Saúde e Centros de Referência da Saúde.
– R$ 1 milhão – investimentos em eventos culturais diversos, promovendo a cultura local.
– R$1 milhão – programa de Assistência Social, incluindo a iniciativa “Rua da Dignidade”.
A Prefeitura informou, ainda, que R$ 5 milhões desse dinheiro estão reservados para pagamento do chamado complemento tarifário, para a manutenção do congelamento da tarifa do transporte coletivo. Esse ano, a empresas vão receber R$ 11,5 milhões da Prefeitura.
Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação