A Prefeitura de Divinópolis oficializou a contraproposta salarial que será oferecida aos servidores públicos municipais, após a primeira reunião de negociação realizada na tarde desta quinta-feira (22) entre o Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram), Sintemmd, Comissão de Servidores e a Associação dos Aposentados e representantes do Executivo.
A reunião não teve a participação do prefeito Gleidson Azevedo (Novo). Pela Prefeitura, participaram do encontro a secretária de Governo e vice-prefeita Janete Aparecida, o assessor especial Fernando Henrique Oliveira e os secretários Gabriel Vivas (Fazenda) e Thiago Nunes (Administração). Pelo Sintram participaram da reunião o presidente Marco Aurélio Gomes, o vice-presidente Darly Salvador, e a diretora jurídica, Yascarah Dutra.
Durante a reunião, os representantes da administração informaram que a Prefeitura não tem dinheiro para conceder o reajuste de 14,55%, conforme reivindicação aprovada em assembleia pelos servidores. Ainda segundo os representantes do prefeito, é inviável a elevação do tíquete alimentação dos atuais R$ 12 para R$ 23, conforme reivindicou a categoria. O secretário de Fazenda, Gabriel Vivas, disse que cada R$ 1,00 acrescido ao vale alimentação, significa uma despesa adicional de R$ 1,3 milhão ao ano, bastante inferior aos R$ 4 milhões anuais gastos com a Betha Sistemas, que não consegue colocar em funcionamento o sistema de gestão integrada da Prefeitura.
A proposta oficial chegou ao Sintram na manhã desta sexta-feira (23) através de ofício assinado pelo assessor especial Fernando Henrique Oliveira. “Informamos que o Executivo Municipal vai cumprir a legislação vigente e conceder 6,80%, conforme índice IPCA do Ipead”, diz a proposta. “Com relação ao vale-refeição o mesmo será reajustado em R$ 2,00, passando de R$ 12 para R$ 14,00”, acrescenta.
O presidente do Sintram, Marco Aurélio Gomes, anunciou que convocará uma assembleia dos servidores para a próxima quarta-feira (28) para a votação da contraproposta do Executivo. “A contraproposta apenas garante o poder de compra dos salários com a reposição das perdas inflacionárias, mas está muito distante da necessidade de reduzir as perdas salariais dos últimos anos. Foi promessa do prefeito repor essas perdas, mas ao contrário disso, os servidores continuam com salários achatados. Vamos colocar a proposta em votação na assembleia e a decisão final será dos servidores”, disse o presidente.
Marco Aurélio Gomes afirmou, ainda, que o valor do vale-refeição continua muito distante da realidade e das necessidades dos servidores. “Os R$ 14 previstos na contraproposta estão muito aquém das necessidades básicas dos servidores, mas a decisão final será da categoria. O que a assembleia decidir na semana que vem será a acatado pelo Sintram”, finalizou Marco Aurélio Gomes.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram