Prefeitura diz que superlotação na UPA 24h é responsabilidade do governo Zema

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A superlotação da UPA não é novidade, como mostra a foto de 2019, portanto a administração municipal já teve tempo suficiente para buscar uma solução (Foto: Arquivo/Sintram)

Embora tenha o prefeito Gleidson Azevedo filiado ao seu partido, o Novo, o governador Romeu Zema praticamente desprezou Divinópolis nos seus dois mandatos. Difícil apontar uma realização do governo do Estado na cidade ou mesmo alguma melhoria na prestação de serviços. Há quase oito anos, Zema usa o mesmo discurso com relação ao hospital público e durante seus dois mandatos as obras da unidade continuaram emperradas. Foram dezenas de promessas de conclusão da obra, porém jamais concretizadas. Só agora, em ano eleitoral, Zema volta a garantir que as obras serão concluídas e, ainda assim, foi necessária a intervenção do governo Lula para garantir o funcionamento da unidade.

Por outro lado, a gestão da saúde pelo atual governo deixa Divinópolis em situação de risco. O principal exemplo disso é a superlotação dos leitos hospitalares, deixando pacientes esperando vagas em outros municípios por longos períodos. Na terça-feira (21) a Prefeitura de Divinópolis divulgou uma nota responsabilizando o governo Zema pelo caos na Unidade de Pronto Atendimento Padre Roberto (UPA 24). De acordo com a Prefeitura a UPA 24h “segue em estado de alerta máximo devido à incapacidade do Estado em transferir pacientes para os hospitais”.

Segundo a Prefeitura essa semana três pacientes que aguardavam leitos na rede pública de Divinópolis, por falta de vagas, foram transferidos para outras cidades. Um paciente recusou a internação em outro município. Segundo a informação oficial, a UPA segue com 40 pacientes adultos aguardando transferência para leitos de enfermaria. Outros quatro adultos aguardam vagas em unidades de terapia intensiva (UTI). A unidade tem ainda 13 crianças à espera de leitos de enfermaria.

A nota divulgada pela Prefeitura deixa claro que o governo do Estado age irresponsavelmente com relação à saúde em Divinópolis. “Desde que a situação se agravou na unidade [UPA], o município tem pressionado o Governo Estadual para resolver o problema, mas sem sucesso até o momento”, afirmou a nota oficial.

É bom lembrar que nas suas duas eleições, Zema venceu o pleito em Divinópolis com larga diferença em relação aos concorrentes. Em 2018, ele obteve no segundo turno 93.281 votos. Em 2022, também no segundo turno, Zema ficou com 71.921 votos dos eleitores da cidade.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram


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