Prefeitura de Divinópolis condiciona vacinação de estudantes a termo de consentimento assinado pelos pais

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A polêmica da vacinação de estudantes na rede municipal de ensino não para nunca. Negacionista da vacina, a atual administração tem procurado dificultar o acesso de estudantes aos imunizantes, além de adotar medidas restritivas nas eventuais campanhas de imunização nas escolas. Logo no início do ano, a secretária municipal de Saúde, induzida pelo deputado estadual Eduardo Azevedo (PL), também negacionista da vacina, chegou a afirmar que as escolas da cidade não exigiriam o cartão de vacinação para as matrículas. Teve que mudar de ideia dois dias depois, diante da repercussão altamente negativa junto a comunidade escolar.

Essa semana a Semusa anunciou o início na última segunda-feira (4) da campanha de vacinação em diversas escolas do município. A campanha começou pelos alunos das redes estadual e particular. Finda essa etapa serão atendidos os estudantes das escolas municipais e Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis). A Semusa afirma que “a estratégia de vacinação na escola é uma ação articulada entre saúde e educação, na perspectiva da melhoria da cobertura vacinal e da redução das doenças imunopreveníveis”.

Entretanto, apesar de reconhecer a necessidade da vacinação, a Semusa segue a linha negacionista do governo de Gleidson Azevedo (Novo) e condiciona a vacinação dos estudantes e da assinatura pelos pais dos estudantes de um termo de consentimento. Somente com esse documento, a criança será imunizada.

Segundo a Semusa, as escolas contempladas já estão fazendo o envio prévio de material informativo e de um termo de consentimento para os pais e responsáveis. Através desse termo, os responsáveis poderão optar ou não pela vacinação de sua criança no ambiente escolar. Será avaliada a situação vacinal somente das crianças em posse do termo de autorização assinado e do cartão de vacinas.

A campanha nas escolas oferece as diversas vacinas de rotina, destacando, principalmente, a vacinação de adolescentes contra HPV e contra meningite que se encontram, em todo Brasil, com coberturas vacinais inadequadas.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 


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