O prefeito da cidade de Cláudio, José Rodrigues Barroso de Araújo, assinou no início desse mês o Decreto 554/2020, através do qual autorizou o pagamento de horas extras aos Agentes de Vigilância Epidemiológica, que atuam no município. A autorização atende a um pedido formal apresentado através de ofício da Vigilância em Saúde, argumentando que a prorrogação da jornada de trabalho é inevitável, já que os agentes, além da atuação na inspeção interna dos imóveis em razão da pandemia do coronavirus, terão agora que atuar também no combate ao mosquito vetor da dengue.

De acordo com o Decreto, as horas extras já poderão ser contabilizadas a partir desse mês. O decreto prevê, ainda, que o pagamento de horas extraordinárias aos agentes, poderá se dar até o dia 31 de maio do ano que vem, “desde que ocorra a situação de excepcionalidade”, conforme informado pelo Coordenador da Vigilância em Saúde.

DENGUE

A preocupação da Vigilância em Saúde com a dengue se dá diante do histórico da cidade, que todos os anos tem registrado alto índice de pessoas contaminadas. Em 2016, Cláudio enfrentou uma epidemia de dengue, que exigiu, inclusive, readaptações no Pronto Atendimento para atender ao grande número de pessoas com suspeita da doença.

Esse ano, a situação ainda está sob controle, mas os últimos levantamentos apontam para um cenário preocupante, motivo pelo qual a Vigilância em Saúde quer realizar um trabalho preventivo para evitar uma nova epidemia de dengue no município.

COVID-19

No caso da covid-19 a situação de Cláudio pode ser considerada sob controle, embora já tenham sido feitas 2.446 notificações da doença, com 508 confirmações. Com uma população de 28.859 habitantes, segundo o IBGE, a cidade já contabiliza nove mortes pela covid-19 e duas estão sob investigação. Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde, 14 pessoas estão em isolamento domiciliar e não há ninguém internado pela doença, o que é uma boa notícia para a cidade.

SINTRAM

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Luciana Santos, defende melhor remuneração para toda a categoria. “O pagamento de horas extras é importante, mas é apenas a remuneração por um serviço, que está sendo efetivamente prestado. O que é preciso e isso vale para todas as Prefeituras, é remunerar bem os servidores do sistema de saúde. Afinal, nesse período tão dramático para a população, os profissionais da saúde estão na linha de frente, se expondo ao contágio, mas nunca abrindo mão de salvar vidas. Independente de qualquer situação extraordinária, seja endemia ou epidemia, já está evidenciado que os trabalhadores da saúde formam um segmento vital dentro do serviço público. É importante destacar que nos do sindicato, inclusive ajuizamos várias ações pedindo o grau máximo de insalubridade para os trabalhadores que estão na linha de frente do combate à pandemia”, afirmou a presidente.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram