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Firmino Junior usou as redes sociais para continuar mentindo ao povo e aos servidores (Fotos: Reprodução/Instagram)

O prefeito de Bambui, Firmino Júnior (Podemos), voltou a mentir sobre a real situação da Prefeitura. Acuado pela posição firme dos servidores que não aceitam a entrega da administração publica a organizações sociais, entidades de fachada que se apresentam como “sem fins lucrativos”, mas que na prática recebem vultosas somas para terceirizar serviços públicos, o prefeito quer transferir a responsabilidade pelo sucateamento da máquina pública para o Sindiccato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram).

ENTENDA

No dia 19 de maio a Câmara Municipal aprovou em dois turnos, em única sessão, o Projeto de Lei Complementar 02/2025, extinguindo 20 cargos. Ao mesmo tempo, os vereadores aprovaram o Projeto de Lei 021/2025, que autorizou o prefeito a terceirizar os serviços e preencher as vagas extintas, com trabalhadores contratados sob o regime CLT, através de organizações sociais. Na prática, o prefeito pretende entregar metade da administração pública para terceiros, sucateando o serviço público, reduzindo o quadro de pessoal efetivo e colocando em risco, inclusive, o Instituto de Previdência do Município.

A iniciativa do prefeito gerou revolta aos servidores e à população. Essa semana, sob orientação do Sintram, os servidores realizaram paralisação de um dia nesta terça-feira (17) e, diante da negativa do prefeito em negociar com a categoria na presença do Sindicato, os servidores definiram por uma greve por tempo indeterminado, que começa na próxima terça-feira, dia 23.

MENTIRAS

Em um vídeo postado nas redes sociais, o prefeito confessou que vai entregar o serviço público para organizações sociais e disse que a medida é necessária porque a Prefeitura não tem condições de realizar concurso público. Firmino Júnior disse que o Sintram impediu os servidores de se reunir com o Executivo para discutir a situação. “O que sinto é que o Sintram, sindicato que veio de Divinópolis, quer intervir na boa e cortês relação que sempre tive com cada um dos servidores. O Sintram chegou a impedir que os servidores conversasem comigo”, afirmou.

O prefeito mente na tentativa de desmobilizar a categoria e enganar os cidadãos bambuienses. Na verdade, ele convocou os servidores para uma rodada de negociação, porém não permitiu a presença do Sintram. O presidente do  Sintram foi barrado aos gritos na porta da Prefeitura pelo Secretário de Governo, Alan Jorge Oliveira. O chilique do secretário foi para impedir a entrada do presidente do Sintram durante a paralisação desta terça-feira.

Os servidores não aceitaram a imposição do prefeito em negociar sem a presença do Sindicato. “O objetivo claro do prefeito é coagir e intimidar os servidores, o que só é possível sem o sindicato representante da categoria presente nas negociações, mas isso não vai acontecer”, declara a secretária geral do Sintram, Lucilândia Monteiro.

Ademais, o Sintram não é um “sindicato que veio de Divinópolis”. O prefeito precisa ser informado que o Sintram, conforme carta sindical expedida pelo Ministério do Trabalho, é o legítimo representante dos servidores municipais de mais de 30 cidades da região, entre elas Bambuí.

O presidente do Sintram, Marco Aurélio Gomes, destaca que o diálogo sempre foi a marca do sindicato e que foram feitas várias tentativas para abertura de negociações. “O Sintram sempre defendeu o diálogo na solução de conflitos dessa natureza, entretanto, o prefeito de Bambui tentou intimidar os servidores e queria uma reunião sem o sindicato. Ora, o prefeito deve ter o mínimo de inteligência para entender que sem o sindicato não há negociação”, declarou.

Marco Aurélio Gomes destacou, ainda, que a população de Bambui conhece muito bem os efeitos da terceirização de serviços. “Mentir para a sociedade que a terceirização dos serviços é necessária não vai muito longe, pois ainda está muito fresco na memória do povo de Bambui os problemas que a cidade enfrentou no início do ano com a terceirização de serviços para uma empresa privada, a Franpav. A empresa deu o calote, deixou a conta que a Prefeitura foi obrigada a pagar e o cidadão enfrentou dias terríveis sem serviços básicos, como limpeza urbana, por exemplo. Imagine a metade do serviço público nas mãos de organizações sociais?”, questionou o presidente.

O início da greve por tempo indeterminado está mantido para terça-feira da semana que vem e o presidente do Sintram diz que medidas judiciais poderão ser adotadas. “A greve começa na semana que vem porque o prefeito não respondeu ao nosso pedido de negociação e paralelamente a isso, estamos analisando medidas judiciais”, concluiu.

Reportagem: Jotha Lee
Sintram Comunicação


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