O novo prefeito de Bambui, Firmino Júnior, que tomou posse no cargo na quarta-feira (1º), já garantiu uma solução para os 240 empregados públicos que prestam serviços à Franpav, empresa terceirizada contratada pelo ex-prefeito Olívio Teixeira, que ainda não pagou a segunda parcela do 13º salário e o tíquete alimentação está atrasado há dois meses.
Responsável pelos serviços de limpeza de esgotos e segurança, inclusive na Câmara Municipal, a Franpav chegou a afirmar que o pagamento estava atrasado por culpa da Prefeitura, que não teria repassado o pagamento à empresa. O ex-prefeito Olívio Teixeira, que não teve tato e competência para regularizar a situação, desmentiu a empresa. Entretanto, Olívio Teixeira se negou a pagar diretamente aos trabalhadores, conforme autorização feita pela Franpav.
MANIFESTAÇÃO
Um dia após o Natal, no dia 26 de dezembro, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Marco Aurélio Gomes, acompanhado da diretora Amerci Teodoro, seguiu para Bambuí para apoiar a paralisação dos 240 funcionários e iniciar o processo de negociação para que o pagamento fosse efetuado. “O que nós encontramos em Bambui no final do ano passado foi um prefeito sem vontade para negociar e, principalmente, sem vontade de pagar os trabalhadores da Franpav”, conta o presidente do Sintram, Marco Aurélio Gomes.
Ainda na semana passada, antes de assumir o cargo, o prefeito Firmino Júnior já havia sinalizado que daria uma solução para o impasse tão logo fosse empossado. Nesta quinta-feira (2), no seu primeiro dia de governo, Firmino Júnior chamou os representantes da Franpav para uma conversa. Eles prometeram para hoje uma resposta sobre a data de pagamento dos atrasados. Firmino Júnior garantiu que se a empresa mantiver o calote, a Prefeitura vai assumir a dívida.
Em nota publicada no Instagram, a Prefeitura disse que se a empresa não der a resposta nesta sexta-feira (3) conforme foi prometido, o pagamento será feito pelo município. “O prefeito determinou que a Secretaria da Fazenda se organize para começar a pagar os trabalhadores, caso a empresa não cumpra com seu compromisso”, disse a Prefeitura.
O presidente do Sintram diz que para o Sindicato, o mais importante é o pagamento aos trabalhadores, mas alerta para os prejuízos da terceirização. “O que o sindicato quer é que os trabalhadores não continuem pagando pela incompetência do ex-prefeito e pela irresponsabilidade da empresa. Essa situação deve servir como alerta ao novo prefeito de Bambuí sobre os prejuízos causados pela terceirização de serviços públicos. Se a empresa der o calote em definitivo, a conta vai ser paga por toda a população da cidade”, destacou Marco Aurélio Gomes.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram