Prefeito cede às pressões dos motoristas do transporte coletivo e coloca fim ao impasse que provocou a paralisação da categoria

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Reunião na manhã desta terça-feira na Prefeitura coloca fim ao impasse no transporte coletivo (Foto: Diretoria de Comunicação/PMD)

Duas semanas após a paralisação dos motoristas do transporte coletivo urbano, ocorrida na manhã o dia 28 de agosto, representantes da categoria e do Executivo chegaram a um acordo, após reunião realizada na manhã desta terça-feira (12), no Centro Administrativo. A paralisação da categoria foi motivada pela aprovação do Projeto de Lei 20/2023 pela Câmara Municipal. O projeto redefine os valores das multas aplicadas às empresas e aos motoristas por eventuais descumprimentos das regras contratuais. O projeto aumentou os valores das punições e o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Divinópolis (Sintrodiv) denunciou que a Trancid desconta os valores de eventuais autuações nos salários dos motoristas. (Leia reportagem).

A paralisação do dia 28 começou na madrugada afetando praticamente todas as linhas do transporte urbano. Para evitar a continuidade da greve, o prefeito Gleidson Azevedo (Novo), reuniu-se ainda na manhã do dia 28 com representantes dos motoristas do transporte urbano e pediu 10 dias de prazo para negociar uma solução.

DESDOBRAMENTO

A reunião ocorrida na manhã desta terça-feira (12) é o desdobramento da paralisação do dia 28. Pressionado pelos motoristas, o prefeito tratou logo de costurar um acordo, já que uma nova paralisação do transporte urbano traria ainda mais prejuízos à sua imagem, já desgastada pela falta de resolutividade dos problemas mais graves da cidade, um deles o próprio transporte público.

De acordo com nota oficial distribuída pela Prefeitura, ficou definido que nesta quarta-feira (13) será publicada uma Portaria que regulamentará a aplicação das multas, com procedimentos padronizados. Também ficou definido que serão concedidos prazos para a correção de eventuais irregularidades. A Portaria vai assegurar ainda que nenhum motorista ou outro funcionário do transporte coletivo urbano seja obrigado a pagar as multas direcionadas ao Consórcio Transoeste.

A nota da Prefeitura não informa como será feita a cobrança de multas que serão direcionadas exclusivamente ao condutor do veículo, como por exemplo, dirigir falando ao celular ou utilizando fones de ouvidos.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram

 

 


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