Prefeita, vice-prefeito, secretários municipais e vereadores de Carmo da Mata começam mandato com reajustes salariais de 33% a 59%

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Prefeita diz que recebeu Prefeitura arrasada e com salários atrasados de servidores

Prefeita de Carmo da Mata, Mônica Broges, que teve um aumento salarial de 33%, afirma que a Prefeitura da cidade está arrasada
(Foto: Reprodução/Instragram)

Os agentes políticos de Carmo da Mata, cidade que ainda enfrenta os efeitos da forte tempestade do dia 23 de dezembro que causaram destruição em praticamente toda a área urbana, iniciam 2025 com aumentos robustos salariais. O salário da prefeita Mônica Borges teve um reajuste de 33% e pulou de R$ 13.533,37 para R$ 18 mil. Já o salário do vice-prefeito Ricardo do Amaral, o Ricardinho da Academia (PSDB), teve um aumento mais generoso e saltará de R$ 6.781,62 para R$ 10.800,00, reajuste de 59,25%.

O cargo de secretário municipal, ocupado por comissionados indicados pela prefeita, teve um aumento salarial de 34,70%, saltando de R$ 4.825,46 para R$ 6.500,00. Esses reajustes salariais estão aprovados desde dezembro de 2023, através de Projeto de Lei de iniciativa da Mesa Diretora da Câmara com a assinatura de todos os vereadores.

VEREADORES

Na Câmara Municipal, os vereadores também começam o ano com aumento salarial em janeiro. Através da Portaria 04/2025, os vereadores já receberão esse mês um aumento de 7,52%, que corresponde ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em 2024, conforme levantamento da Fundação Ipead. Os salários dos vereadores saltam de R$ 7.072,00 para R$ 8.171,52.

Além dos reajustes, prefeita, vice-prefeito, secretários e vereadores ainda têm direito ao 13º salário e indenização de férias.

PREFEITURA ARRASADA

Na semana passada, a prefeita Mônica Borges usou o perfil da Prefeitura no Instagram para falar sobre os primeiros dias de governo. “Nós recebemos uma prefeitura arrasada, arrasada mesmo. A gente tem pouco dinheiro em caixa”, afirmou. Disse ainda que há salários atrasados. “A gente está devendo os médicos. A gente estava devendo o hospital, os convênios. Isso é uma situação de muita vulnerabilidade”, acrescentou.

A prefeita falou ainda que pegou uma cidade mal cuidada. “Nós pegamos uma cidade muito suja. Não está suja só por causa da catástrofe que aconteceu no dia 23. Ela está suja porque desde o dia 20 [de dezembro] ela não está sendo limpa. Isso é de uma irresponsabilidade imensa”, declarou.

Mônica Borges afirmou que nos próximos dias fará uma auditoria na situação da Prefeitura, em obras realizada pela gestão passada. “Nós temos obras que estão ao ponto de ir por água abaixo. Foram pontes e pontes, o serviço foi feito e não foi entregue como deveria. A gente chega a conclusão de que não se fez um bom contrato ou não se fiscalizou.

Embora o exemplo dado com aumentos de salários não seja o melhor, a Prefeitura disse que “é preciso economizar”. Disse que a Prefeitura precisa de reservas. “Nós temos que fazer o nosso dever de casa direito”, afirmou.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram


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