Polícia Federal investiga senador Cleitinho e mais dois bolsonaristas por divulgação de mentiras

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Cleitinho, Pablo Marçal e Eduardo Bolsonaro: investigados por divulgar mentiras (Foto: Montagem/Sintram)

O senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) será alvo de investigação pela Polícia Federal por distribuição de fake news sobre as enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. Ele compartilhou em seu Instagram um vídeo do influenciador digital Pablo Marçal, afirmando que a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul estava barrando os caminhões de doação, impedindo a distribuição de comida e marmitas. Além de compartilhar o vídeo, Cleitinho ainda teceu comentários altamente ofensivos a autoridades gaúchas. Além de Cleitinho Azevedo, que como senador é um excelente fofoqueiro, também estão sendo investigados o influenciador responsável pelo vídeo, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL).

A investigação atende a uma solicitação do Palácio do Planalto enviada nesta terça-feira (7) ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, listando onze postagens em redes sociais de políticos e influenciadores relacionadas à tragédia no Rio Grande do Sul.O grupo é apontado pelo governo como disseminadores de “fake news”.

O pedido é assinado pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, que foi procurado pelo comandante Militar do Sul, general Hertz Pires do Nascimento. O General informou na ocasião que fake news sobre o trabalho do Exército têm causado desconforto e atrapalhado as operações das tropas no resgate de pessoas afetadas pela enchente no Rio Grande do Sul.

De acordo com Paulo Pimenta “a propagação de falsidades pode diminuir a confiança da população nas capacidades de resposta do Estado, prejudicando os esforços de evacuação e resgate em momentos críticos. É fundamental que ações sejam tomadas para proteger a integridade e a eficácia das nossas instituições frente a tais crises”.

O documento solicita “providências cabíveis” pelo Ministério da Justiça, “tanto para a apuração dos ilícitos ou eventuais crimes relacionados à disseminação de desinformação e individualização de condutas quanto para reforçar a credibilidade e capacidade operacional das nossas instituições em momentos de crise”.

CLEITINHO DIZ QUE NÃO FEZ NADA

Reprodução Instagram

Além de ter compartilhado o vídeo, Cleitinho Azevedo ainda escreveu no seu Instagram: “(sic) A secretaria do Estado do Rio Grande do Sul ESTÃO BARRANDO os caminhões de doações por falta de nota fiscal. Canalhas! Pegam essas notas fiscais e levam para o quinto dos infernos. Se vocês não conseguem ajudar, não atrapalha quem está ajudando!”

Apesar da linguagem ofensiva usada na postagem e da prova concreta com o compartilhamento do vídeo, Cleitinho Azevedo jura que não fez nada. “Apenas republiquei o vídeo do Pablo Marçal, a mensagem principal é a sugestão de usar os recursos do fundo partidário para socorrer o Rio Grande do Sul. Não houve fake news, a própria nota da Sefaz-RS afirma que foi suspensa a fiscalização, ou seja, antes ocorria. São inúmeros vídeos e postagens que circulam na internet registrando situações como a denunciada”, afirmou.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram


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