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Lucas Coelho não revelou ao professor Jhonathan que é soropositivo (Fotos: Instagram)

O vereador da cidade de Araújos, Lucas Coelho, de 33 anos, foi indiciado pela Policia Civil nesta sexta-feira (13) pelo assassinato do ex-namorado, o professor Jhonathan Siomões. Ele foi indiciado por homicídio, qualificado pelo recurso de emboscada e impossibilidade de defesa da vítima. O caso foi registrado no último dia 29 de maio, no bairro Sagrado Coração de Jesus, na cidade de Formiga.

Ele se apresentou à Polícia Civil no dia 5 de junho, acompanhado de advogados, e optou por permanecer em silêncio. A prisão, inicialmente temporária, deverá ser convertida em preventiva.

Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (13) a Polícia Civil detalhou o crime. Imagens do sistema de videomonitoramento Olho Vivo registraram, no dia dos fatos, a chegada de um carro preto, sem placas, à casa da vítima. Ainda por meio das câmeras, foi possível identificar o suspeito aguardando a chegada do ex e o momento dos disparos efetuados contra a vítima. Após o crime, o homem fugiu no veículo, não sendo mais localizado.

Por meio de levantamentos, policiais civis apuraram que o carro havia sido alugado no dia do crime, em Bom Despacho, cidade a 113 quilômetros de distância de Formiga. Um dia antes da apresentação do suspeito à Polícia Civil, o veículo foi devolvido ao proprietário pelo advogado do investigado.

RELACIONAMENTO CONTURBADO

As investigações apontaram que, por cerca de um ano, vítima e suspeito mantiveram um relacionamento amoroso marcado por agressões e ameaças. No dia 15 de fevereiro deste ano, a vítima chegou a procurar a Polícia Militar para registrar um boletim de ocorrência, ocasião em que relatou ter sido alvo de agressão, além de ter seu veículo danificado pelo suspeito. Na oportunidade, a vítima disse também ter recebido ameaças por parte do investigado, que disse a ela: “Vou derramar seu sangue, você vai sofrer o luto em Formiga”.

De acordo com o delegado Ricardo Augusto de Bessas, um fato teria agravado ainda mais a relação dos dois. “O relacionamento passou a ser mais conturbado ainda a partir do momento em que a vítima tomou conhecimento de que ela havia contraído o vírus HIV. A vítima se sentiu prejudicada, porque o investigado era soropositivo e não havia informado essa circunstância para a vítima quando iniciaram o relacionamento”, revelou.

Por meio da análise de mensagens e de dados extraídos de aplicativos, a PCMG confirmou o padrão de violência e a premeditação do crime.

TRABALHOS POLICIAIS

O inquérito foi finalizado e será remetido ao Ministério Público, e o investigado continua preso à disposição da Justiça. As investigações foram conduzidas pelas delegacias regionais em Formiga e Bom Despacho, com o apoio da Polícia Militar e do Ministério Público.

Com informações da Polícia Civil


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