Monitoramento feito pelas redes sociais dos parlamentares aponta que 110 dos 513 deputados já se manifestaram favoravelmente ao impeachment do presidente Jair Bolsonaro. De acordo com o site Placar do Impeachment, que faz a atualização dos dados, 54 já se posicionaram contrariamente a uma eventual abertura de processo contra o presidente e 349 não opinaram. Para que um processo dessa natureza seja admitido pela Câmara é necessário o apoio de pelo menos 342 deputados.
Veja o posicionamento de cada deputado, segundo o Placar do Impeachment
Pela página, é possível pesquisar e filtrar a posição de cada deputado sobre o assunto. Desde o início do governo, Bolsonaro virou alvo de 61 pedidos de impeachment na Câmara. Dentre eles, seis foram rejeitados sumariamente pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), por questões protocolares. Outros 56 seguem na gaveta. A duas semanas de concluir sua gestão, Maia tem dito que o assunto terá de ser tratado em algum momento no futuro.
“Eu acho que esse tema de forma inevitável será discutido pela casa no futuro. Temos de focar no principal, que agora é salvar o maior número de vidas, mesmo sabendo que há uma desorganização e uma falta de comando por parte do Ministério da Saúde”, afirmou Maia.
A oposição pretende apresentar esta semana um novo pedido de impedimento do presidente com base na denúncia de negligência do governo no enfrentamento da pandemia de covid-19 em Manaus, com o desabastecimento de oxigênio. Em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) no domingo (17), o governo federal admite que tinha conhecimento da falta do estoque do material em vários hospitais do município oito dias antes do colapso.
Autores do novo pedido, Rede, PSB, PT, PCdoB e PDT, que reúnem 119 deputados, citam o colapso da saúde em Manaus e diz já ter passado a hora de o Congresso reagir. Para esses partidos, Bolsonaro cometeu “crimes de responsabilidade em série” na condução da pandemia.
“O presidente da República deve ser política e criminalmente responsabilizado por deixar sem oxigênio o Amazonas, por sabotar pesquisas e campanhas de vacinação, por desincentivar o uso de máscaras e incentivar o uso de medicamentos ineficazes, por difundir desinformação, além de violar o pacto constitucional entre União, Estados e Municípios”, diz nota conjunta dos partidos.
Fonte: Congresso em Foco