A maioria da população de Minas Gerais é contra a privatização da Copasa. O governador Romeu Zema (Novo) ignorou o desejo da população e já enviou à Assembleia Legislativa o projeto que autoriza o governo do Estado a vender a companhia. De acordo com pesquisa realizada pela Genial/Quaest 51% dos entrevistados são contra a privatização da Copasa, 37% são a favor, 4% nem a favor nem contra e 8% não souberam ou não responderam.
A Copasa atualmente é controlada pelo governo do Estado, que detém 50,03% da companhia, que representam 190,25 milhões de ações ordinárias da empresa, segundo dados fornecidos pela própria companhia. Acionistas minoritários nacionais possuem outros 21,05% das ações, enquanto os estrangeiros estão com 28,64%.
O projeto de privatização da Copasa, que inclui também a Cemig, foi protocolado na Assembleia no dia 13 de novembro pelo governador em exercício Mateus Simões. Na ocasião, Romeu Zema estava excursionando pela Ásia.
Indagado sobre possível reajuste das tarifas para a população e sobre a situação dos trabalhadores da estatal, Mateus Simões foi taxativo: “Não há nenhuma possibilidade de aumento de tarifa, nem prejuízo para os trabalhadores”.
Sobre a previsão constitucional de realização de referendo popular para a privatização das estatais, Mateus Simões afirmou que o Executivo espera que a exigência da consulta popular seja retirada da Constituição Mineira, mas admitiu a possibilidade de realizá-la. “Para nós, fazer o referendo não é um problema, mas uma burocracia”, afirmou.
Em outubro do ano passado, o governador Romeu Zema enviou a ALMG a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/23, que retira a exigência de referendo popular para a venda de empresas do Estado. A proposta continua tramitando na Assembleia.
Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram