Operação entre MP e Polícia Civil prende integrantes de quadrilha que praticou roubos e sequestros em Lagoa da Prata

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Policiais Civis e membros do MP durante operação em Lagoa da Prata (Foto: MP)

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em parceria com o Ministério Público, deflagrou nesta terça-feira (10) a operação Reação em Cadeia em quatro cidades do Estado. A ação teve como objetivo o cumprimento simultâneo de mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Lagoa da Prata, Formiga, Belo Horizonte e Francisco Sá.

A operação decorre de investigação iniciada em janeiro deste ano, pela equipe da Delegacia de Polícia em Lagoa da Prata, que resultou na identificação dos integrantes de uma organização criminosa responsável por, pelo menos, três roubos mediante seqüestros das vítimas, ocorridos nos dias 25 de janeiro, 22 de fevereiro e 13 de março, todos em Lagoa da Prata.

Conforme apurado, os crimes teriam sido arquitetados e coordenados por detentos de um presídio no Norte do estado.

Segundo a Polícia Civil, foram apreendidos celulares, carro, arma de fogo, munições, R$ 1.342 em dinheiro, porções de maconha, material de pesca e barracas (fruto de roubo) e um passaporte. Ao todo, os policiais cumpriram quatro mandados de prisão contra investigados que já estavam no sistema prisional.

ENVOLVIDOS

Os levantamentos policiais apontaram que os executores dos roubos, atuantes em Lagoa da Prata, seguiam orientações em tempo real dos presos, que coordenavam toda a ação criminosa de dentro do presídio. Inclusive, os detentos indicavam as contas bancárias para o depósito dos valores subtraídos. Em troca, os donos dessas contas recebiam uma porcentagem do produto do crime.

Por meio de investigações, a Polícia Civil verificou que um dos beneficiários desse esquema é colombiano, atualmente residente na cidade de Formiga, na região Centro-Oeste de Minas.

A equipe da Polícia Civil apurou que as vítimas eram atraídas ao local da emboscada, em Lagoa da Prata, após negociações prévias referentes a supostas vendas de bens de alto valor de mercado, como máquinas pesadas, aviões e carretas. Essa parte era coordenada diretamente pelos presos, que se passavam por empresários.

O líder da organização criminosa investigada, que cumpre pena no Norte do estado, tem condenações que, somadas, chegam a 260 anos de reclusão. Os outros presos também têm condenações que se aproximam a 100 anos de prisão.

Segundo o promotor de Justiça Pedro Henrique Pereira Correa, a ação dos criminosos gerou uma reação em cadeia dos órgãos de segurança. Enquanto a Polícia Militar realizou prisões em flagrante, a Polícia Civil procedeu a uma extensa e fundamentada investigação e o Ministério Público, através da 1ª Promotoria de Justiça de Lagoa da Prata, com auxílio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Divinópolis, obteve elementos de informação imprescindíveis à identificação de todo o grupo criminoso.

REAÇÃO EM CADEIA

O nome da operação faz alusão à forma de agir dos criminosos, de dentro da “cadeia”, e à reação sucessiva dos órgãos de defesa social.

Participaram da ação policiais civis de Lagoa da Prata, Bom Despacho, Santo Antônio do Monte, Formiga, vinculados ao 7º Departamento de Polícia Civil (DEPPC), Belo Horizonte (1º DEPPC) e Montes Claros (11º Departamento).

Com informações do MP e da Polícia Civil


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