Operação da Polícia Civil desmancha esquema milionário de comércio ilegal de minério de ferro em Divinópolis e mais 16 cidades

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A Operação que desmanchou esquema milinário de fraudes em Divinópoils e outras cidades do Estado (Foto: Polícia Civil)
A Operação que desmanchou esquema milionário de fraudes em Divinópoils e outras cidades do Estado (Foto: Polícia Civil)

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) desmantelou na semana passada uma quadrilha que comandava um esquema milionário do comércio ilegal de minério de ferro. A operação ocorrida simultaneamente em Divinópolis e mais 16 cidades do Estado resultou no cumprimento de 36 mandados de busca e apreensão. O trabalho é decorrente de investigação acerca de lavagem de dinheiro, entre outros delitos relacionados, a partir do comércio ilegal de minério de ferro.

A operação foi coordenada pelo Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), com apoio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF-MG).

Segundo a Polícia Civil, um dos alvos principais da investigação foi uma Unidade de Tratamento Minerário (UTM) em Itabirito, região Central do estado, cujos controladores foram indiciados em 2023 por operar sem licença ambiental e destruir espécies da Mata Atlântica.

Conforme apurado, o empreendimento, apontado como destino de minério de ferro de origem ilegal no quadrilátero ferrífero, gerou lucros milionários enquanto seus administradores acumulavam ocorrências de crimes ambientais nos últimos dez anos.

“Isso ligou um alerta sobre a vantajosidade que estava sendo a prática dessas condutas criminosas. Mesmo havendo a persecução criminal, eles [indiciados] continuavam reiteradamente praticando esses crimes. Então, iniciou-se uma investigação financeira”, informa a chefe do Dema, delegada-geral Bianca Landau.

LAVAGEM DE DINHEIRO

Durante os levantamentos, foi identificada a suspeita de um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo empresários que comercializavam minério ilegalmente. De acordo com o chefe da Divisão Operacional do Dema, delegado Hugo Arruda, foram identificadas, além da UTM já investigada, outras unidades de tratamento minerário e usinas de processamento de minério de ferro.

“Identificamos uma rede criminosa grande, inclusive usando empresas de fachada, em nome de laranjas, cuja movimentação financeira no período de um ano e meio foi superior a R$ 260 milhões”, pontua Arruda.

O delegado completa, descrevendo o esquema: “Recebiam esse minério de origem ilícita, beneficiavam o material e usavam empresas de fachada para dar aparência de legalidade a um recurso obtido de forma ilícita”.

CRIMES INVESTIGADOS

Os crimes em investigação pela Polícia Civil incluem organização criminosa, receptação qualificada, falsidade ideológica, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e ilícitos ambientais. “A operação de hoje teve como objetivo, basicamente, a arrecadação de documentos e objetos, para que possamos dar sequência às investigações e fazer o correto indiciamento dessas pessoas”, pontua a chefe do Dema.

Os mandados foram cumpridos, além da capital, em Nova Lima, Itabirito, Congonhas, Contagem, Rio Acima, Divinópolis, Sete Lagoas, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Bom Jesus do Amparo, Cachoeira da Prata, Maravilhas, Itatiaiuçu, São José da Lapa, Esmeraldas e Ribeirão das Neves.

Fonte: Polícia Civil/MG


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