Operação conduzida pelo MP em Divinópolis investiga sonegação de impostos da ordem de R$ 40 milhões

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O promotor Rodrigo Storino é um dos responsáveis pela operação contra sonegação realizada hoje em Divinópolis (Foto: Reprodução)

Foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, 1º de agosto, a Operação Resina Dura, que apura fraudes tributárias e lavagem de dinheiro por grupo de pessoas que fornecem insumo (resina) para fabricação de calçados na região Centro-Oeste. A operação está sendo realizada começou por Divinópolis, onde está a sede da Superintendência Estadual de Fazenda, e passa por cidades como Nova Serrana, Perdigão e Araújos, onde há significativa produção de calçados. De acordo com o promotor Rodrigo Storino, a “fraude é operacionalizada através de associação criminosa que se utiliza de diversas empresas de fachada e de laranjas para a compra de resina no estado de São Paulo, sem a emissão de nota fiscal ou se valendo de notas fiscais subfaturadas”.

Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira na sede da Superintendência Fazendária em Divinópolis, o promotor disse que já há lançamento definitivo superior a R$ 40 milhões relacionado ao grupo econômico investigado, e estima-se que a operação possa coletar elementos de informação para constituição de outros créditos tributários milionários. Além do crime de sonegação fiscal, os investigados podem responder por associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

Segundo o promotor, ainda hoje serão cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Em Minas esses mandados estão sendo cumpridos em Nova Serrana e Araújos e, em São Paulo, em Jundiaí. Foram alvo de busca e apreensão as residências de empresários que se beneficiam da fraude, bem como as empresas utilizadas no esquema criminoso. Os nomes de empresários e empresas envolvidos nas fraudes ainda não foram divulgados.

O Ministério Público informou que foi autorizado pela Justiça o sequestro de 21 veículos e 55 bens imóveis pertencentes aos empresários suspeitos que estão sendo investigados no esquema.

A operação foi desenvolvida pelo Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos em modelo de força-tarefa, com participação do MP, Receita Estadual, Advocacia-Geral do Estado, Tribunal de Justiça, e Polícias Civil e Militar. As investigações contaram com a participação de três promotores de Justiça, 30 auditores da Receita Estadual, dois delegados de Polícia e 43 policiais civis de Minas Gerais.

Reportagem: Jotha Lee
Comunicação Sintram


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