“O governo Gleidson e Janete, que prometeu valorizar o servidor público, está fazendo o contrário, a cada dia temos denúncias de assédio moral e desvalorização”, denuncia vice-presidente em carreata

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Carreata realizada ontem  percorreu as principais ruas da cidade, pedindo o cumprimento da revisão salarial e foi finalizada com ato em memória aos servidores vítimas da Covid-19

Atendendo deliberação dos servidores de Divinópolis retirada em assembleia virtual do Sintram realizada no dia 23/07, foi promovida, ontem (18/08), a carreata de protesto contra o Governo Gleidson Azevedo/Janete Aparecida  que se nega a cumprir com o pagamento da revisão salarial dos servidores, fixada pela Lei Municipal 8.083/2015, que prevê a correção salarial de 5,2%, conforme o IPCA/IPEAD/UFMG apurado em 2020. O protesto convocado pelo Sintram, além da revisão salarial, denunciou o assédio moral e a precarização do serviço público, que vem sendo marca da gestão Gleidson/Janete, e o desmonte do serviço público, que está sendo proposto pela Reforma Administrativa – PEC 32, que está em tramitação no Congresso Nacional.

A carreata, que saiu às 18horas, da Praça da Catedral em Divinópolis, percorreu as principais ruas da cidade (Av. Primeiro de Junho, Rua Goiás e Av. Paraná) e foi finalizada em frente ao Centro Administrativo com ato em memória aos servidores, que faleceram vítimas da Covid-19. O carro de som do sindicato denunciou no trajeto até o Centro Administrativo a injustiça que o prefeito Gleidson Azevedo, ao lado da vice Janete, vem cometendo com os servidores municipais, ao negarem o pagamento da perda salarial, que é uma garantia constitucional prevista a todos os trabalhadores brasileiros e que inclusive no serviço publico, vários prefeito cumpriram devidamente a obrigação, mantendo o poder de compra de seus trabalhadores, diante da inflação que impactou em bens de consumo e serviços.

Vice-presidente destacou e agradeceu os servidores que estiveram presentes defendendo a classe

O vice-presidente, Wellington Silva, que comandou o ato, visto que a presidente Luciana Santos está de licença médica, denunciou que o governo Gleidson Azevedo e a vice Janete, que em campanha eleitoral, prometeram valorização do servidor municipal, vêm fazendo exatamente o contrário.  “Esse governo municipal, que entrou com a promessa de renovar, de ser um governo diferente, vem mostrando a cada dia uma prática totalmente contrária. Estamos com denúncias a cada dia de perseguição, de assédio moral e isso não podemos aceitar e permitir, por isso o Sintram está nas ruas e continuará nas ruas, denunciando os maus feitos desse governo de Gleidson e Janete”, disse.

Wellington também agradeceu os servidores, que atenderam a convocação do sindicato e estiveram presentes, lutando em favor dos direitos da categoria. “Atendendo à reivindicação pautada na assembleia estamos fazendo  essa carreata, com número não tão significativo de servidores, mas de qualidade, pois estão aqui representantes de todos os servidores públicos,  por isso quero agradecer a cada companheiro e companheira, que trabalhou o dia inteiro hoje e mesmo assim veio na carreata, atendendo a convocação do sindicato para dizer “não” a forma que estamos, sendo tratados neste governo”, disse.

 

Memória

Ato em homenagem aos servidores vítimas da Covid-19 encerrou a carreata em frente ao Centro Administrativo da Prefeitura

O protesto foi finalizado, em frente ao Centro Administrativo da Prefeitura de Divinópolis, com ato em memória aos servidores vítimas da Covid-19. Um faixa com os dizeres “Luto pelos servidores vítimas da Covid-19” foi afixada no portão principal da Prefeitura, juntamente com rosas e velas. O Sintram que oficiou a Prefeitura de Divinópolis, no início do ano, relativo aos dados de servidores vítimas da Covid-19 e dos afastamentos devido à doença, até hoje não teve qualquer retorno, mostrando a falta de transparência do atual governo de Gleidson e Janete, que muitas vezes foram omissos com as condições de trabalho do funcionalismo, desrespeitando os protocolos da Covid-19, seja promovendo aglomerações nos locais de trabalho ou não fornecendo adequadamente os EPIS, colocando assim em risco a saúde e vida dos servidores e população. Clique aqui e veja umas das denúncias graves trazidas a público pelo Sintram.

Consciência

Servidora , Lourdes Lopes, representante da Asssociação dos Aposentados – Asmadi, pediu minuto de silêncio em memória ao colegas servidores vítimas da Covid-19 e pediu que prefeito Gleidson coloque a mão na consciência e conceda o direito básico dos trabalhadores municipais

A servidora aposentada, Lourdes Lopes, esteve presente representando a Associação dos Servidores Municipais Aposentados e Pensionistas Aposentados e Pensionistas – Asmadi,  pediu um minuto de silêncio pelos servidores, que faleceram nesta pandemia, citando a perda recente de dois colegas de seu convívio, Chacrinha, vítima do Covid-19, e Cícero Madeira, vítima de um AVC. A aposentada destacou que os servidores são responsáveis por mover a máquina administrativa e pediu que o prefeito Gleidson Azevedo tenha consciência e conceda o direito básico dos trabalhadores municipais e das famílias enlutadas .  “Companheiros, que no exercício do trabalho, perderam a vida e não tiveram o respeito de  conquistar no ano de 2021, o  5,2% do seu direito ao gatilho salarial e as famílias estão desamparadas deste aumento, que o nosso prefeito Gleidson, eleito com voto de muitos dos companheiros de trabalho, dos muitos servidores, que acreditaram nesta gestão, que ele ponha a mão na consciência. 5,25%  é tão pouco para o salário mínimo e meio, que é a base maior do salário dos servidores municipais. Prefeito, põe a  mão na consciência e conceda o que é direito do servidor municipal”, disse Lourdes.

Redes sociais

O secretário geral do Sintram e líder comunitário, Paulo  Sérgio Machado, criticou e fez um alerta aos servidores, que somente ficam nas redes sociais reclamando, mas não se unem a luta na defesa dos seus direitos. “Ficar atrás do celular reclamando e não vir para a luta, vai ficar nisso aí porque todo tipo de governo, seja em qualquer escala, ele quer isso: tirar direito do servidor público, que fez o concurso público e entrou pela porta da frente, e colocar os apadrinhado, que são cabos eleitorais dos vereadores e várias pessoas, que trabalharam em eleição. Essa mensagem  vai para você servidor público, que esta acomodado aí no seu sofá, olhando a televisão, achando que conquista, se conquista, ficando atrás do celular, isso não vai acontecer não. Então você vem para luta e abraça a sua causa porque o intuito é isso mesmo: é sucatear o serviço público e retirar direito de servidor. A mensagem é essa: se posicione, porque depois não adianta chorar”, alertou.

Secretário geral do Sintram, Paulo Machado, fez alerta aos servidores que só ficam nas redes sociais reclamando e não lutam por seus direitos

PEC 32

O ato convocado pelo Sintram contou com apoio de sindicatos representantes do Judiciário, Sintrameg, e também da Receita Federal, SindReceita, que durante todo o dia estiveram unidos ao Sintram e demais sindicatos do Movimento Unificado de Divinópolis – MUD, no quarteirão fechado da rua São Paulo, denunciando os retrocessos da PEC -32 a população, e alertando para a necessidade de pressionar as lideranças políticas da cidade, para unindo forças contra a proposta. Clique aqui e confira matéria.

A líder sindical do Sintraemg, Elimara Gaia, manifestou apoio a causa dos servidores de Divinópolis e destacou os prejuízos da PEC 32. “Essa PEC 32 vai ser  a destruição dos serviços públicos, das carreiras  públicas, um prejuízo imenso na educação e quem vai ficar desguarnecido são os mais necessitados, que precisam do serviço público,  da saúde. Vão diminuir até creches e muitos pais de famílias precisam deixar seu filhos em creches, diminuir e precarizar os concursos públicos e esses servidores,  profissionais qualificados, que passaram no concurso público, vão ser substituídos por profissionais indicados por politiqueiros de plantão mal intencionados”, alertou

A sindicalista disse que é necessária a união de servidores de toda as esferas e destacou que muitas vezes o povo elege seus representantes (vereadores, deputados e senadores) e não tem conhecimento que muitos estão votando em propostas contra o trabalhador, contra a classe operária, contra os servidores públicos, destruindo o Brasil e o estado democrático de direito. “A Constituição Federal de 88 é a constituição cidadã, uma constituição do povo brasileiro. Foi com muita garra, com muita luta, que nós conseguimos muitos direitos, que estão hoje garantidos nela, porque já passaram várias constituições no Brasil e essa é a única constituição, que traz os direitos do cidadão. Nós temos, que lutar juntos sim, uma categoria única, municipal, estadual e federal porque estamos no mesmo barco, então contem conosco. Estamos juntos nesta luta e para outras também”, finalizou Elimara.

Reportagem: Flávia Brandão
Comunicação Sintram

 

 


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