O Procon Estadual, órgão do Ministério Público de Minas Gerais, realizou, entre os dias 4 e 8 desse mês, uma operação para fiscalizar todos os açougues do município de Bom Despacho. A operação, segundo o MP, foi um dos desdobramentos de uma investigação da 1ª Promotoria de Justiça da cidade, iniciada após uma denúncia contra um frigorífico, cujo nome não divulgado pelo Ministério Público. O serviço de inspeção sanitária esteve no estabelecimento denunciado e constatou maus-tratos aos animais devido ao abate irregular de suínos e verificou que a carne era armazenada de maneira imprópria. Apesar de todas essas irregularidades, o frigorífico continua funcionando, inclusive com anúncio para comercialização de produtos no feriado de Proclamação da República.
Diante da gravidade da denúncia sobre o abate de carnes no município, a 1ª Promotoria de Justiça de Bom Despacho instaurou uma investigação e descobriu que nenhum açougue da cidade possuía alvará sanitário. Informou que foi emitida uma Recomendação, entregue pessoalmente aos donos de todos os estabelecimentos, com as normas que deveriam ser cumpridas. Os comerciantes tiveram um prazo de 60 dias para regularizar a situação junto à Vigilância Sanitária.
O MP informou, ainda, que a operação contou com fiscais do Procon-MG, uma equipe da Coordenadoria Regional de Defesa do Consumidor de Divinópolis e apoio da Vigilância Sanitária e da Polícia Militar. Ao todo, 43 açougues foram fiscalizados. Entre eles, 23 foram autuados e 3 foram interditados por falta de alvará sanitário e condições higiênico-sanitárias inadequadas. Os fiscais também apreenderam 571,36 kg de carne impróprios para consumo.
“O intuito do nosso trabalho jamais é prejudicar o trabalhador, o empresário, aquele que dá emprego, que faz a economia girar, que provém o sustento da família dele, mas garantir que a carne que chega aos consumidores esteja dentro dos padrões sanitários exigidos. É a partir daí que evitamos uma intoxicação alimentar e outros problemas graves”, disse a promotora de Justiça, Luana Cimetta Cançado.
Com informações do MPMG